A aspirina pode, realmente, reduzir o risco de morte por Covid-19?

Lordelo

Avensat
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Um estudo recente, publicado na revista Anesthesia and Analgesia, sugere que tomar aspirina em pequenas doses pode ser benéfico quando se trata de infeções graves por Covid-19.

O estudo analisou 412 pacientes hospitalizados com o novo coronavírus. Cerca de um quarto (23,7%) desses pacientes haviam recebido aspirina no período de sete dias antes da sua admissão no hospital até 24 horas após a entrada.

A equipa de investigadores, liderada pelo professor da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, Jonathan H. Chow, descobriu que aqueles que receberam aspirina durante este período de tempo acabaram por ter 43% menos probabilidade de entrarem nos cuidados intensivos, 44% menos probabilidade de ter sido colocados em ventilação mecânica e 47% menos probabilidade de morrerem no hospital.

Os resultados parecem promissores, mas lembre-se, porém, das várias limitações deste estudo. Este estudo mostra associações ou correlações. Não pode determinar relações de causa e efeito. Como explica a Forbes, pode dar-se o caso de aqueles que estavam a tomar aspirina já estivessem a cuidar melhor da sua saúde de outras maneiras ou a ir regularmente ao médico. Talvez tivessem mais recursos financeiros ou tivessem estado menos expostos a grandes quantidades do vírus. Ou os resultados do estudo podem ter sido mero acaso.

Portanto, embora os resultados deste estudo sejam encorajadores, não comece a tomar a aspirina pensando ser o tratamento mágico para a Covid-19

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