"A China lucraria se fosse menos ambígua" quanto à guerra na Ucrânia

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"A China lucraria se fosse menos ambígua, a China é um Estado que deveria perceber bem que a integridade territorial de um país é um critério essencial para as relações internacionais e que ninguém tem o direito de alterar pela força as fronteiras internacionalmente reconhecidas e de invadir territórios que não são seus", disse Augusto Santos Silva à Lusa, quando questionado sobre as últimas iniciativas diplomáticas de Pequim.


"A China diz que está a trabalhar na paz, todos aqueles que estão a trabalhar na paz devem ser ouvidos, mas eu insisto que para que a paz seja possível na Ucrânia é preciso que a agressão russa termine e a agressão deve ser condenada", acrescentou Santos Silva à margem de uma conferência sobre a Ucrânia, em Lisboa.

O presidente da Assembleia da República abriu hoje os trabalhos da Conferência Internacional "Um Ano de Guerra na Ucrânia" que decorre na Universidade Lusíada, em Lisboa.

Santos Silva disse ainda a Assembleia da República vai estar representada esta semana na Ucrânia através de um deputado (do PSD) integrado numa delegação europeia, acrescentando ainda que prevê visitar Kiev na qualidade de presidente do Parlamento.

À margem dos trabalhos, Santos Silva disse que - tendo em conta os princípios das Nações Unidas -, Portugal é "absolutamente claro" na defesa de quem está a ser agredido e condenando quem está a agredir.

Santos Silva, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, disse ainda que as posições de Portugal, desde as primeiras horas da invasão (24 de fevereiro de 2022) têm sido coincidentes com as posições da União Europeia e a Aliança Atlântica, reiterando o apoio às últimas declarações do chefe de Estado norte-americano sobre o conflito.

"O Presidente (Joe) Biden (dos Estados Unidos) disse que o nosso objetivo não é derrotar a Rússia, como tal, o nosso objetivo é derrotar a agressão russa na Ucrânia", recordou Santos Silva.

Para presidente do Parlamento, um ano após a última agressão de Moscovo contra a Ucrânia, a guerra só acaba "no momento em que a Rússia abandonar" os territórios ucranianos que tem ocupados.

"Até lá, nós apoiaremos a defesa da Ucrânia", sublinhou, recordando que o Ocidente tem mantido o apoio a Kiev na defesa contra a agressão russa.

"A decisão sobre a paz está nas mãos do agressor e o agressor tem de parar com a agressão para que a paz seja possível", frisou acrescentando que se tem verificado "firmeza" por parte do "Ocidente" no apoio humanitário, político, diplomático, económico, financeiro e "também apoio militar".

Aos participantes da conferência, sobretudo estudantes universitários, Santos Silva recordou as primeiras 15 horas da invasão, em 2022, quando exercia o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

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