"Sem resultados palpáveis no cumprimento do memorando Rússia-ONU, o conteúdo do conjunto de acordos de Istambul e o próprio prolongamento do documento ucraniano não são convenientes", assegurou Serguéi Vershinin, vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, em declarações a uma televisão local.
Numa alusão ao memorando Rússia-ONU, o diplomata referia-se ao "levantamento real das restrições que sancionam as exportações agrícolas russas".
No decurso do seu recente périplo pela região do Sahel, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, acusou o ocidente de bloquear as exportações de alimentos russos para África.
Em dezembro passado, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs aos líderes da Rússia e Ucrânia o reforço do corredor de exportação a outras matérias-primas.
A Rússia e a Ucrânia concordaram em 17 de novembro passado prolongar por quatro meses o acordo de exportação de cereais e fertilizantes, a dois dias do seu termo.
O pacto foi assinado em julho em Istambul e foi suspenso brevemente pela Rússia em outubro devido a um ataque ucraniano na anexada península da Crimeia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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