Adolescente que matou 10 pessoas nos EUA condenado a prisão perpétua

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Payton Gendron - o adolescente de 19 anos que, em maio, matou 10 pessoas num tiroteio num supermercado na cidade de Buffalo, no estado norte-americano de Nova Iorque - foi, esta quarta-feira, condenado a prisão perpétua sem liberdade condicional.


Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), a juíza responsável pelo caso considerou que “não houve nada de precipitado ou irrefletido” na conduta do jovem, que decidiu conduzir durante três horas até ao estabelecimento, localizado numa zona predominantemente habitada por pessoas negras, para perpetrar o ataque.

“Não há fatores atenuantes”, acrescentou a juíza, que condenou Payton a dez penas de prisão perpétua - uma por cada uma das vítimas.

No tribunal, o jovem, que já se tinha declarado culpado, em novembro, de vários crimes de ódio, pediu perdão por “toda a dor” que provocou às vítimas e familiares. “Lamento muito por ter roubado a vida dos seus entes queridos. Não posso expressar o quanto lamento todas as decisões que tomei e que levaram às minhas ações no dia 14 de maio”, disse, citado pela CNN Internacional.

“Fiz uma coisa terrível nesse dia. Disparei e matei pessoas porque eram negras. Olhando para trás agora, não posso acreditar que o tenha realmente feito. Acreditei no que li online e agi por ódio. Sei que não posso voltar atrás, mas gostava de poder, e não quero que ninguém se inspire em mim e no que eu fiz”, acrescentou.

Sublinhe-se que o jovem planeou o ataque racista durante meses e alvejou 13 pessoas, onze das quais negras, com uma espingarda semiautomática. Dez não resistiram aos ferimentos.

Na base do taque esteve a Teoria da Substituição, uma tese racista de que os caucasianos correm o risco de ser 'substituídos' por pessoas de outras etnias.

O tiroteio foi filmado pelo próprio, que usou uma câmara num capacete para transmitir o ataque em direto.

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