Lordelo
Avensat
O novo coronavírus parece ter circulado despercebido em morcegos durante décadas. A acrescentar, os morcegos-de-ferradura são a origem mais plausível do vírus SARS-CoV-2. Estas novas descobertas podem ser encontradas num estudo publicado esta terça-feira na Nature Microbiology.
A investigação, liderada por Maciej Boni, do Pensylvania State University’s Center for Infectious Disease Dynamics, é bastante pertinente, uma vez que a pandemia continua a não dar tréguas.
Depois de os Estados Unidos terem alimentado especulações em relação à origem do vírus - dizendo que o patógeno surgiu num laboratório chinês -, a Organização Mundial da Saúde enviou especialistas à China para estudarem a questão. O rastreio da linhagem do vírus é crucial no início de um surto, pois pode permitir que as autoridades de saúde separem as pessoas do hospedeiro animal.
No estudo, os investigadores alertaram também que outras linhagens de vírus presentes em morcegos podem ter o potencial de contagiar os seres humanos. As descobertas destacam o quão “difícil será identificar vírus com potencial para causar grandes surtos humanos antes que eles surjam”, escreveram Boni e colegas num comunicado enviado à imprensa. "Isso ressalta a necessidade de uma rede global de sistemas de vigilância de doenças humanas em tempo real".
Para chegar a estes resultados, a equipa reconstruiu a evolução do vírus. Os investigadores concluíram que os pangolins provavelmente não agiram como hospedeiros do vírus.
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