"O estado de saúde do paciente está a tornar-se grave, e a tendência está a piorar porque o seu peso e massa corporal são extremamente baixos", disse o médico assistente de Saakashvili, Tamar Davarashvili, numa conferência de imprensa em Tbilissi.
"O próximo passo poderá ser uma unidade de cuidados intensivos", afirmou o médico, citado pela agência de notícias francesa AFP.
Saakashvili, 55 anos, cumpre uma pena de seis anos de prisão por corrupção e abuso de poder, e enfrenta outros processos criminais por várias acusações, incluindo a entrada ilegal no país.
Líder carismático e pró-Ocidente, Saakashvili governou a Geórgia, ex-república soviética do Cáucaso, de 2004 a 2013.
Saakashvili estava no poder durante a guerra que eclodiu no verão de 2008, quando tropas russas invadiram parte da Geórgia, e que terminou com uma rápida derrota georgiana.
Depois de dois mandatos, Saakashvili teve de deixar o país quando os seus adversários pró-Rússia chegaram ao poder, em 2013.
Privado da cidadania georgiana, prosseguiu a carreira política na Ucrânia, país que lhe atribuiu a nacionalidade, onde foi governador da região de Odessa em 2015 e 2016.
Após oito anos de exílio, foi detido no regresso à Geórgia em outubro de 2021, para cumprir a pena de seis anos de prisão a que tinha sido condenado à revelia em 2018.
Saakashvili considera tratar-se de um processo político.
Devido ao agravamento do seu estado de saúde, foi transferido para um hospital no ano passado, após uma greve de fome de 50 dias para protestar contra a sua condenação.
O ex-presidente continua a cumprir a pena de prisão no hospital.
Médicos radicados nos Estados Unidos que o examinaram a pedido dos seus advogados disseram à AFP, em dezembro do ano passado, que Saakashvili sofria de complicações devido às condições de detenção e que corria perigo de vida.
Um dos médicos, o toxicologista David Smith, denunciou que o ex-presidente tinha sido envenenado com metais pesados na prisão e defendeu que deveria ser transferido para um hospital fora da Geórgia para ser tratado.
Cerca de mil apoiantes de Saakashvili manifestaram-se na segunda-feira, em frente à sede do Governo no centro de Tbilissi, para exigir a sua transferência para um hospital no estrangeiro, segundo a agência espanhola EFE.
O ministro da Justiça georgiano, Rati Bregadze, disse à televisão Imedi, na segunda-feira, que as autoridades "estão a fazer todos os possíveis para cuidar da saúde de Saakashvili.
Bregadze disse que o ex-presidente está num hospital "sob observação médica permanente".
"O principal problema é que Saakashvili não quer melhorar". Ele quer ser mau, magoa-se a si próprio de propósito, porque está confiante de que desta forma será capaz de escapar ao sistema prisional", afirmou o ministro, citado pela EFE.
O Parlamento Europeu pediu, há uma semana, a libertação de Saakashvili para que pudesse receber "tratamento médico adequado".
Em outubro, o Conselho da Europa também pediu a libertação de Saakashvili, considerando-o um "preso político".
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional descreveu a situação de Saakashvili como vítima de uma "aparente vingança política".
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"O próximo passo poderá ser uma unidade de cuidados intensivos", afirmou o médico, citado pela agência de notícias francesa AFP.
Saakashvili, 55 anos, cumpre uma pena de seis anos de prisão por corrupção e abuso de poder, e enfrenta outros processos criminais por várias acusações, incluindo a entrada ilegal no país.
Líder carismático e pró-Ocidente, Saakashvili governou a Geórgia, ex-república soviética do Cáucaso, de 2004 a 2013.
Saakashvili estava no poder durante a guerra que eclodiu no verão de 2008, quando tropas russas invadiram parte da Geórgia, e que terminou com uma rápida derrota georgiana.
Depois de dois mandatos, Saakashvili teve de deixar o país quando os seus adversários pró-Rússia chegaram ao poder, em 2013.
Privado da cidadania georgiana, prosseguiu a carreira política na Ucrânia, país que lhe atribuiu a nacionalidade, onde foi governador da região de Odessa em 2015 e 2016.
Após oito anos de exílio, foi detido no regresso à Geórgia em outubro de 2021, para cumprir a pena de seis anos de prisão a que tinha sido condenado à revelia em 2018.
Saakashvili considera tratar-se de um processo político.
Devido ao agravamento do seu estado de saúde, foi transferido para um hospital no ano passado, após uma greve de fome de 50 dias para protestar contra a sua condenação.
O ex-presidente continua a cumprir a pena de prisão no hospital.
Médicos radicados nos Estados Unidos que o examinaram a pedido dos seus advogados disseram à AFP, em dezembro do ano passado, que Saakashvili sofria de complicações devido às condições de detenção e que corria perigo de vida.
Um dos médicos, o toxicologista David Smith, denunciou que o ex-presidente tinha sido envenenado com metais pesados na prisão e defendeu que deveria ser transferido para um hospital fora da Geórgia para ser tratado.
Cerca de mil apoiantes de Saakashvili manifestaram-se na segunda-feira, em frente à sede do Governo no centro de Tbilissi, para exigir a sua transferência para um hospital no estrangeiro, segundo a agência espanhola EFE.
O ministro da Justiça georgiano, Rati Bregadze, disse à televisão Imedi, na segunda-feira, que as autoridades "estão a fazer todos os possíveis para cuidar da saúde de Saakashvili.
Bregadze disse que o ex-presidente está num hospital "sob observação médica permanente".
"O principal problema é que Saakashvili não quer melhorar". Ele quer ser mau, magoa-se a si próprio de propósito, porque está confiante de que desta forma será capaz de escapar ao sistema prisional", afirmou o ministro, citado pela EFE.
O Parlamento Europeu pediu, há uma semana, a libertação de Saakashvili para que pudesse receber "tratamento médico adequado".
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A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional descreveu a situação de Saakashvili como vítima de uma "aparente vingança política".
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