Lordelo
Avensat
Apesar dos avisos, feitos regularmente, sobre o uso de plástico, as garrafas de plástico continuam a ser produzidas e usadas. Aliás, o Huffpost, agregador de blogues, afirma que se compram, em todo o mundo, cerca de um milhão de garrafas de plástico, por minuto.
Além de terem um impacto muito negativo no ambiente, as garrafas de plástico também são prejudiciais para a nossa saúde, devido a uma série de químicos. É o caso dos ftalatos, compostos utilizados para produzir objetos em plástico, diz o Huffpost.
Até já foi comprovado, pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, que a exposição a este químico pode afetar o sistema endócrino, responsável por libertar e produzir hormonas.
Já foram também publicados alguns estudos, como um feito em 2021, onde se afirma que as garrafas não têm níveis significativos de químicos nocivos para causar danos. No entanto, vários especialistas disseram ao Huffpost que, como a maioria das pessoas já está exposta, no dia a dia, a produtos químicos que podem afetar o sistema endócrino, pode ser prudente limitar a exposição a químicos como os ftalatos, sempre que possível.
Químicos, como os ftalatos, têm sido associados, ao longo dos anos, a uma série de distúrbios reprodutivos, imunológicos e neurológicos, incluindo diabetes gestacional, problemas de fertilidade, doenças hepáticas em crianças, asma e aumento do risco de cancro da mama.
Apesar dos flatatos, e outros químicos do género, não serem, normalmente, detetados na água, como fonte original, o plásticos das garrafas podem acabar por contaminar o líquido ao longo do tempo.
Os graus de contaminação podem variar muito, mas especialistas dizem que a "contaminação de plástico para líquido é exacerbada principalmente por duas coisas: a quantidade de tempo que o plástico e a bebida (ou comida) estão em contato direto e se o plástico foi aquecido ao tocar a comida ou líquido", explica o Huffpost.
Tudo isto faz com que a água engarrafada seja uma fonte de problemas já fica muitas vezes guardada em armazéns, durante longos períodos de tempo, passando depois para meios de transporte onde as temperaturas podem ser altas.
"Quando expostas ao calor, as ligações químicas podem romper-se com relativa facilidade, permitindo que os ftalatos penetrem nos alimentos ou bebidas contidos naquela embalagem plástica", explica Nathaniel DeNicola, especialista em saúde ambiental.
Além disto, as "garrafas de água podem ser suscetíveis à contaminação devido ao contato direto prolongado entre a água e os materiais de embalagem de plástico e a grande área de superfície de contato", acrescenta Maida Galvez, professora de medicina ambiental.
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