Alegados traficantes de meia tonelada de cocaína conhecem hoje acórdão em Alenqu

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Avensat
O Tribunal de Alenquer agendou para hoje a leitura do acórdão de seis arguidos acusados de associação criminosa e tráfico agravado de uma tonelada de cocaína dissimulada entre carvão, depois de ter adiado na quarta-feira a sessão.

Os arguidos, com idades entre os 20 e os 48 anos, cinco dos quais de nacionalidade argentina e em prisão preventiva desde Março de 2012, estão acusados, cada um, de um crime de tráfico de droga agravado e outro de associação criminosa. Dois deles respondem ainda pela alegada prática do crime de falsificação de documentos.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve acesso, em 2011 e 2012 os arguidos exportaram da Argentina para Portugal, por via marítima, sacas de carvão para dissimular a droga que foram depois armazenadas em armazéns arrendados em Torres Vedras e Alenquer, até serem reencaminhadas para Espanha por via terrestre.

De acordo com a acusação, os arguidos passaram a usar nomes falsos em documentos de identificação pessoal, facturas e contratos de arrendamento, procederam a alguns carregamentos de teste e constituíram uma sociedade que seria a destinatária dos carregamentos e faria a separação da droga do carvão, explica a acusação.

O primeiro carregamento, contendo meia tonelada de cocaína, chegou ao porto de Lisboa em Novembro de 2011; o segundo, com 400 quilos, em Março de 2012, e um terceiro, com 150 quilos, em Abril desse ano.

Contudo, no primeiro carregamento, duas sacas contendo 12 quilos de cocaína seguiram, por descuido, misturadas com o carvão, vindo a ser apreendidas pelas autoridades, que, por sua vez, começaram a investigar.

Os arguidos foram detidos aquando do segundo carregamento. O grupo estava já na prisão a aguardar julgamento quando o terceiro carregamento entrou no país.

Durante o julgamento, um dos arguidos confessou na íntegra os factos da acusação, o que, entre outras questões, levou o MP a considerar, nas alegações finais, que há provas para condenar a maioria dos arguidos, pedindo penas de prisão entre os cinco e os 13 anos.

Lusa/SOL
 
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