Lordelo
Avensat
Revelações feitas agora por um antigo funcionário da família Bolsonaro que rompeu com o clã presidencial e deu uma longa entrevista ao jornalista Guilherme Amado, do portal "Metrópoles", de Brasília, pode ser uma explicação para a raiva que o atual presidente brasileiro já manifestou em várias ocasiões contra as mulheres. Segundo o que o antigo homem de confiança do clã, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que trabalhou para a família por 14 anos, a então mulher de Jair Bolsonaro, a advogada Ana Cristina Siqueira Vale, mãe do filho homem mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro, traiu o hoje chefe de Estado com um bombeiro militar que trabalhava como segurança dela.
De acordo com Marcelo Luiz, que vivia na casa dos Bolsonaro e era pessoa da máxima confiança do casal, o então deputado federal descobriu a traição da esposa em 2007. Ele pediu o divórcio, que só foi efetivado em 2008, no meio de uma enorme confusão familiar, que incluiu a fuga de Ana Cristina para a Europa com medo da reação de Bolsonaro, e denúncia à justiça de que o ex-capitão e hoje presidente tinha roubado joias e dinheiro de um cofre que o casal mantinha numa agência do Banco do Brasil.
A ação foi instaurada pela própria Ana Cristina, contou Marcelo Luiz ao jornalista do "Metrópoles", acusando Bolsonaro de, durante o processo de separação, ter esvaziado o cofre, que continha aproximadamente 262 mil euros em joias e dinheiro. Segundo o antigo funcionário, na verdade esse furto nunca aconteceu, e a própria Ana Cristina interrompeu o processo.
Marcelo Luiz continuou a trabalhar para Ana Cristina depois da separação dela de Jair Bolsonaro e, a pedido do hoje presidente, ajudou a criar Jair Renan, atualmente com 23 anos. O antigo funcionário rompeu com os Bolsonaro dias atrás, pouco depois de Ana Cristina e Jair Renan se mudarem para uma mansão num dos bairros mais caros de Brasília, oficialmente alugada por ela mas que Marcelo diz que foi a advogada mesmo que comprou mas não quer revelar para evitar chamar a atenção.
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