Aprovada venda de hotel da Lousã por um euro

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A Assembleia Municipal da Lousã (AML) aprovou a alienação da participação da autarquia no capital do hotel Palácio da Lousã, permitindo a sua venda por um euro a um fundo de recuperação de empresas do setor.

Há dez anos, a Câmara da Lousã, na época liderada por Fernando Carvalho, do PS, aplicou 250 mil euros na Serra da Lousã - Atividades Turísticas e Hoteleiras, significando a deliberação da Assembleia Municipal da Lousã (AML), por proposta do executivo, que o município prescinde agora daquela verba.


Ao alienar os 4,67% que detinha no capital social da empresa, o município, por decisão da AML, tenta evitar a insolvência da sociedade e "todas as consequências negativas" para a economia local, designadamente ao nível do emprego.


O Meliá Palácio da Lousã Boutique Hotel, fundado por membros da família Mexia, proprietários do imóvel que pertenceu à Viscondessa do Espinhal, deverá ser vendido pelo preço simbólico de um euro ao Findings XVI - SPGS, uma sociedade anónima detida pelo Fundo Discovery Portugal Real Estate.

Foi divulgado na sessão da Assembleia Municipal, que terminou esta quarta-feira de madrugada, que o possível comprador assumirá o compromisso de desenvolver "os melhores esforços para a manutenção e dinamização" do hotel de quatro estrelas, no centro histórico da vila.

Numa carta dirigida à Serra da Lousã - Atividades Turísticas e Hoteleiras, a que a agência Lusa teve acesso, a administração do Findings XVI informa que pretende "aplicar na gestão e desenvolvimento do hotel as melhores práticas do mercado" do setor.


A transação pelo valor de um euro deverá realizar-se na condição de o comprador assumir o passivo da empresa, na ordem dos três milhões de euros, incluindo dívidas a bancos e fornecedores, o qual é superior ao ativo.


A alienação do capital detido pela autarquia, já deliberada em reunião do executivo, foi também aprovada por unanimidade na Assembleia (BE, PS e PSD). "Não fazemos propostas destas com alegria", lamentou o presidente da Câmara, Luís Antunes.


O deputado Daniel Rodrigues fez contas, somando os 250 mil euros investidos pela autarquia no hotel à dívida de 163 mil euros que tem à Movijovem. "São 413 mil euros e temos um hotel insolvente e uma Pousada da Juventude fechada", ironizou o social-democrata.









JN

 
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