Lordelo
Avensat
AGuardia Civil está a investigar um homem 59 anos como suposto autor de um crime de abuso de animais domésticos após ter sido descoberto que tinha arrastado um dos seus cães atado ao carro, numa viagem de quase três quilómetros, causando-lhe ferimentos graves.
O incidente ocorreu a 17 de junho e as autoridades informaram ter recebido uma chamada de alguém que denunciava estar numa rua com um cão de raça mastim gravemente ferido e que tinha sido, aparentemente, arrastado por um carro.
A patrulha de Guadahortuna, que estava próxima ao local, foi quem se encarregou do animal e deu início a uma investigação que culminou com a identificação do suposto autor dos factos.
O cão foi entregue a uma associação de defesa dos animais de Guadix, que se encarregou não só de lhe prestar os cuidados veterinários necessários, mas também de fazer uma angariação de fundos para custear a sua cura. Felizmente, o animal está a recuperar.
Mas o trabalho dos agentes não terminou ali. Seguiram o rasto do sangue deixado pelo animal ao longo de quase três quilómetros até a entrada de uma fazenda de gado nos arredores de Diezma. Foi também verificado que dentro do veículo suspeito havia restos de uma corda igual à que estava amarrada ao pescoço do cão ferido. Confirmaram que tanto o veículo como a fazenda pertenciam à mesma pessoa, sendo esse o homem agora investigado.
Aparentemente, na noite anterior, o suspeito tinha amarrado o cão à bola de reboque do seu SUV e não se recordou do animal quando arrancou a caminho da cidade no dia seguinte. Quando chegou e o viu gravemente ferido, desamarrou-o e deixou-o abandonado, não tendo em nenhum momento procurado atendimento veterinário.
Já em 2019 a mesma pessoa tinha sido investigada por crime de abandono de animais que resultou em morte, depois de ter deixado um dos seus cães morrer de fome e à sede. Por este crime, no passado mês de Maio, o Tribunal Penal nº 6 de Granada, retirou-lhe a licença para a profissão, comércio e detenção de animais por um período de três meses.
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