Lordelo
Avensat
O artigo científico que relata a descoberta inovadora foi publicado no Nano Letters, nesta quarta-feira, dia 17 de junho.
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores tiveram em mente a forma como o SARS-CoV-2 infeta as células epiteliais dos pulmões; tentando assim criar nanopartículas com o intuito de 'ludibriar' o microrganismo.
A 'nanoesponja' é um núcleo de polímero coberto por uma membrana celular retirada dos pulmões. Entretanto esse revestimento inclui proteínas receptoras às quais o novo coronavírus recorre para invadir e fixar-se nas células humanas.
Os académicos elucidam que a tecnologia associa-se a essas proteínas, incapacitando que se reproduzam e bloqueando dessa forma a propagação do vírus.
"Tradicionalmente, os criadores de medicamentos para doenças infecciosas mergulham profundamente nos detalhes do patógeno para encontrar alvos", disse o investigador Liangfang Zhang, num artigo publicado no site da NEWSUC San Diego UC San Diego News Center.
"A nossa abordagem é diferente. Temos somente de saber quais são as células-alvo. E, de seguida, queremos protegê-las criando armadilhas biomiméticas", explicou.
Segundo a Galileu, os investigadores produziram concentrações distintas de 'nanoesponjas' e testaram-nas em culturas celulares. Com apenas uma concentração de cinco miligramas por mililitro, a tecnologia bloqueou em 93% a capacidade de infecção do Sars-CoV-2.
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