Automóveis consomem mais 10% e poluem mais 32% do que anunciam

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Por ano, pagamos cerca de € 130 a mais em combustível do que planeamos ao comprar o carro. As medições das marcas assentam em condições pouco realistas. Com outras organizações de consumidores, já exigimos a atualização rápida do modelo de teste.

Analisámos cerca de 500 automóveis para comparar a diferença entre os valores de consumo e de emissões de dióxido de carbono que a marca anuncia e os dados dos nossos testes a mais de 5 mil veículos aqui:
Código:
([url]http://www.deco.proteste.pt/proteste-auto[/url])


Entre 3 e 23% a mais na bomba de gasolina
No consumo de combustível, em 500 automóveis, o fosso que detetámos entre a publicidade do fabricante e o dia-a-dia dos condutores dista de 3% a 23% a mais. Representa mais 10%, em média. Anualmente, podem ser mais € 130 de despesa na gasolineira.

Nas emissões de dióxido de carbono, as diferenças oscilam entre 24% e 48% (32%, em média) a mais de poluição do que o divulgado pela marca.

Manipulação e limitações dos ensaios
O motivo para as nossas medições serem superiores está nas condições de teste, mais próximas da experiência na estrada. Os fabricantes refugiam-se nas condições obrigatórias fixadas pela New European Driving Cycle (NEDC), sistema de homologação europeu. A principal falha da NEDC são os ciclos de condução usados nos testes, pouco representativos da realidade.

As marcas aplicam ainda vários recursos tecnológicos para tirar proveito das limitações do teste e obter valores mais reduzidos: aumentam a pressão dos pneus para oferecer menos resistência ao rolamento ou cobrem superfícies salientes do carro para melhorar a aerodinâmica, por exemplo.

É também o fabricante que escolhe a versão do automóvel para ser submetida às medições (normalmente, a versão mais leve e menos equipada). A marca fornece ainda alguns dados de desempenho determinantes nos cálculos.

Teste mais realista é urgente
Para aproximar os números publicitados dos efetivos, a União Europeia já tem um programa de ensaios mais realista, o Worldwide Harmonized Light Vehicles Test Procedure (WLTP), que deve substituir o NEDC.

Sob pressão da indústria automóvel, alguns Estados-membros propõem que o novo programa só entre em vigor em 2020. A DECO, em conjunto com 5 associações de consumidores europeias, a OCU (Espanha), a Altroconsumo (Itália), a Test-Achats (Bélgica), a UFC Que Choisir (França) e a Consumentenbold (Holanda), já apelou ao Parlamento Europeu para a rápida aplicação do novo programa, definido na revisão do Regulamento (CE) 443/2009/CE por meio da Decisão de Execução 2013/341/UE.

Esta diretiva pretende restringir mais as emissões de dióxido de carbono dos automóveis. Defendemos que, a longo prazo, deve definir-se uma nova meta de 70 g CO2/Km, mais baixa do que a atual de 95 g CO2/Km, para os veículos de produção em série.











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