Banco Mundial espera rápido acordo entre Zâmbia e China sobre dívida

avense

Youtuber
Staff member
Fundador
Administrador
"Fizeram mais do que a maioria dos países em termos de disciplina orçamental e aprovaram políticas voltadas para o crescimento para fortalecer a economia, mas ainda não receberam o texto de uma reestruturação da dívida que reduza o arrasto", disse o líder do Banco Mundial, David Malpass, sobre a Zâmbia.


O americano confiou que, entre esta semana e a próxima, o país assinará um documento que terá o apoio das autoridades chinesas, que acumulam grande parte da dívida pública da nação africana.

Malpass acrescentou que agora cabe à China, e outros credores, propor formas de aliviar a dívida da Zâmbia para torná-la sustentável.

O presidente do Banco Mundial referiu-se ainda à situação do Gana e da Etiópia, ambos fortemente endividados com o gigante asiático e em risco de incumprimento.

A questão da reestruturação da dívida dos países pobres é uma das prioridades de organismos financeiros internacionais, como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional (FMI), que pedem há meses às autoridades chinesas a agilização no tratamento das dívidas dessas nações.

"Cerca de 15% dos países de baixo rendimento já estão incumprimento e outros 45% enfrentam grandes vulnerabilidades", disse a diretora-executiva do FMI, Kristalina Georgieva, durante um discurso na semana passada.

Vários especialistas temem que a situação em muitos desses países gere uma onda de pedidos de reestruturação e uma crise da dívida pública.

A própria secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, pediu há dois dias, durante as reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial que decorrem esta semana em Washington, que se aperfeiçoe o processo internacional de reestruturação da dívida destes países.

Tanto o Banco Mundial como o FMI participaram recentemente na criação de uma mesa-redonda do G20 (grupo dos países mais desenvolvidos e mais emergentes) para rever os processos de reestruturação da dívida no chamado Common Framework.

A mesa-redonda reuniu-se na quarta-feira e Malpass agradeceu o empenho da China e de outros credores privados, que estiveram presentes durante a conversa, e garantiu que as autoridades do gigante asiático estão "recetivas".

Leia Também:

 
Voltar
Topo