Berlusconi agora pede negociação na Ucrânia após resposta do PPE

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"Com o mundo à beira de uma guerra nuclear entre a Rússia e os países da NATO, sou criticado porque peço que, além de apoiar a Ucrânia, que a Forza Italia sempre compartilhou e votou, seja imediatamente aberta uma mesa para alcançar a paz" , escreveu o político no perfil no Facebook.


Berlusconi acrescentou que o assunto "não pode mais ser adiado" e pediu "que seja imediatamente incluído na agenda das reuniões do PPE", Partido Popular Europeu.

O político e empresário respondeu assim à decisão tomada pelo presidente do PPE, o alemão Manfred Weber, de cancelar uma reunião que o partido conservador europeu tinha agendado realizar em Itália, depois de Berlusconi ter defendido, no domingo, a rendição da Ucrânia à Rússia para, em sua opinião, evitar a morte de milhões de ucranianos.

"Após os comentários de Silvio Berlusconi sobre a Ucrânia, decidimos cancelar nossos dias em Nápoles. O apoio à Ucrânia não é opcional", disse no Twitter Manfred Weber, também presidente do grupo do Parlamento Europeu que inclui formações como o PP espanhol e o alemão CDU.

O PPE estava programado para se reunir em Nápoles entre 6 e 9 de junho para discutir o programa antes das eleições europeias de 2024, encontro no qual o próprio Berlusconi deveria comparecer, assim como os presidentes da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

Berlusconi, de 86 anos, desencadeou uma tempestade política no governo italiano e no espaço de centro-direita europeu no último domingo à tarde ao defender abertamente a rendição da Ucrânia e criticar o presidente, Vlodimir Zelenski.

"Se eu fosse primeiro-ministro, nunca teria ido falar com Zelensky porque, como sabe, estamos testemunhando a devastação do seu país e o massacre dos seus soldados e civis", disse, referindo-se ao encontro com o presidente ucraniano.

O número dois do Forza Italia e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, saiu no dia seguinte defendendo o apoio incondicional da Itália a Kiev.

"A posição do governo é a mesma. Berlusconi é um homem de paz que não mudou a sua posição em apoio à Ucrânia, à NATO e ao Ocidente. Sempre votamos nessa direção e continuaremos a fazê-lo", afirmou.

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