Biden alerta para pulsão dos republicanos em cortar despesas na saúde

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Os comentários do Presidente democrata, que intervinha num centro recreativo em Virginia Beach, no Estado da Virgínia, fazem parte de um esforço mais amplo esta semana para comparar as prioridades da sua administração com as dos republicanos, que ainda não definiram as suas propostas de cortes orçamentais.


Socorrendo-se de propostas anteriores, Biden disse que o Partido Republicano poderá tentar cortar os benefícios de sistemas de saúde como o Medicaid e o Obamacare, bem como da segurança social e do Medicare.

"O que eles vão cortar? Essa é a grande questão", disse hoje Biden, que acrescentou: "Para milhões de americanos, a saúde está em jogo".

Biden disse que muitos republicanos são bons, mas, considerou, os legisladores do Partido Republicano que fazem parte do movimento "Make America Great Again" iniciado pelo ex-Presidente Donald Trump mostraram disposição de cortar o financiamento para a saúde e permitir que o governo federal não cumpra suas obrigações financeiras.

Prevê-se que Biden divulgue as suas propostas numa reunião com os democratas da Câmara de Representantes, em Baltimore, na quarta-feira e perante os democratas do Senado na quinta-feira.

O esforço para destacar as principais diferenças com os republicanos ocorre no momento em que Biden deve lançar uma campanha de reeleição nesta primavera.

O Presidente deve divulgar o seu plano de orçamento em 09 de março, prometendo reduzir a dívida nacional em 2 biliões de dólares (1,9 biliões de euros) em 10 anos, fortalecer o Medicare e o Medicaid e defender a segurança social das reduções de gastos.

Perante a falta de um plano específico do Partido Republicano, a administração Biden está a esboçar os piores cenários para o que os republicanos podem fazer, com base em declarações anteriores, incluindo o que a Casa Branca adverte que podem ser cortes profundos no Medicaid, que cobre cerca de 84 milhões de pessoas e aumentou 20 milhões desde janeiro de 2020, pouco antes do início da pandemia de covid-19.

Quadros da administração Biden também disseram que possíveis cortes no Affordable Care Act da era Obama podem comprometer a cobertura de mais de 100 milhões de pessoas com condições médicas preexistentes e colocar em risco os cuidados preventivos gratuitos e reduzir a cobertura de medicamentos prescritos.

No entanto, com os democratas a controlarem o Senado e Biden na Casa Branca, não há praticamente nenhuma possibilidade dos republicanos fazerem vingar legislação importante no domínio da saúde.

O maior desafio é se os legisladores podem encontrar pontos de consenso, já que a administração Biden precisa de aumentar a sua capacidade legal de fazer novos empréstimos até este verão para continuar a governar.

Biden já disse que o limite da dívida deve ser aumentado sem condições porque reflete compromissos de gastos anteriores, enquanto Kevin McCarthy, o republicano que preside à Câmara de Representantes pressiona por negociações sobre a dívida que poderiam incluir cortes nos gastos.

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