Blinken no Cairo em visita dominada pelo conflito israelo-palestiniano

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No Cairo, Blinken vai encontrar-se com o seu homólogo egípcio Sameh Choukri, e com o Presidente Abdel Fattah al-Sisi, e a situação nos territórios ocupados estará na ordem do dia das conversações, uma vez que o Cairo tem desempenhado historicamente um papel de intermediário com palestinianos e israelitas.


Esta viagem, há muito planeada, surge numa altura em que, em poucos dias, a situação de segurança nos territórios palestinianos ocupados por Israel se deteriorou subitamente.

Na sexta-feira e no sábado, sete pessoas foram mortas e duas ficaram feridas em ataques em Jerusalém Oriental, a parte palestiniana da Cidade Santa ocupada por Israel e anexada, com um dos ataques a ocorrer perto de uma sinagoga.

Também na sexta-feira, o exército israelita bombardeou a Faixa de Gaza em resposta ao disparo de foguetes a partir do enclave, que Israel mantém sob bloqueio.

A violência cresceu depois do ataque em que forças israelitas mataram nove palestinianos na quinta-feira em Jenin, no norte da Cisjordânia, o ataque mais mortífero de Israel em anos.

Perante o aumento da violência, Blinken vai instar o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, a "tomarem medidas urgentes para conter a violência", como adiantou o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, depois de Washington ter condenado o ataque "terrível" em Jerusalém Oriental.

Na visita, segunda e terça-feira, a Jerusalém e Ramallah, Blinken sublinhará "a importância de manter o 'status quo' histórico" no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, na cidade de Jerusalém Oriental, o terceiro local mais sagrado do Islão e também o mais sagrado do Judaísmo, onde palestinianos e israelitas se confrontam regularmente.

Hoje, no Cairo, um importante aliado regional de Washington, o secretario de Estado norte-americano também deverá abordar questões regionais, incluindo a Líbia e o Sudão.

O Egito, um dos principais destinatários da ajuda militar norte-americana, é, no entanto, regularmente apontado por vários países e instituições, e também pelos Estados Unidos, pelo seu historial de violações dos direitos humanos, considerado "catastrófico" pelas ONG.

O chefe da diplomacia norte-americana também deverá reunir-se no Cairo com atores da sociedade civil e ativistas dos direitos humanos, que recordam constantemente que o país tem mais de 60.000 prisioneiros de consciência.

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