Borrell espera que UE aprove novo apoio militar de 500 milhões à Ucrânia

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O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, adiantou hoje que espera que os Estados-membros aprovem, durante a reunião de ministros de Negócios Estrangeiros que vai decorrer esta segunda-feira em Bruxelas, mais 500 milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia.


Em declarações proferidas à chegada a este encontro, aqui citado pela Reuters, Borrell disse ter esperança de que fosse alcançado um acordo acerca destes fundos, no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

Recorde-se que informações prévias davam conta de que a Hungria se preparava para bloquear esta medida, embora o Ministério dos Negócios Estrangeiros e um porta-voz do governo do país se tenham recusado a comentar essa possibilidade.

Tudo isto numa altura em que os países do bloco europeu estão, também, a trabalhar naquele que será já o décimo pacote de sanções a aplicar à Rússia, na sequência da invasão sobre a Ucrânia, e que se prevê que entre em vigor no próximo mês, de acordo com a informação avançada por fontes diplomáticas à Reuters. Porém, não são esperadas qualquer decisões sobre o tema ainda esta segunda-feira.

Os ministros europeus deverão ainda discutir a eventual utilização de bens russos congelados no decurso da aplicação de sanções - incluindo 300 mil milhões de euros em reservas do banco central russo - para ajudar a reconstruir o território ucraniano afetado pela guerra.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Num outro âmbito, prevê-se ainda que o bloco europeu adicione, nesta reunião de hoje, mais indivíduos à sua lista de sanções, na sequência das violações aos direitos humanos registadas recentemente no Irão.

Ainda assim, Josep Borrell explicou que a União Europeia não poderá declarar a Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) como uma entidade terrorista até que um tribunal europeu tenha determinado que a mesma o é, efetivamente.

Tudo isto na sequência dos protestos registados no Irão desde 16 de setembro, após a morte da jovem curda Mahsa Amini às mãos da polícia da moralidade, por alegado uso indevido do ‘hijab’. Os mesmos resultaram na detenção de mais de 14 mil pessoas, com uma centena delas a ter já, inclusive, sido condenada à morte. Pelo menos quatro das execuções já foram, até, efetivadas.

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