O Brasil, tanto com a administração de Jair Bolsonaro, como agora de Lula da Silva, tem adotado uma posição passiva em relação à invasão da Ucrânia.
Brasília condenou a invasão russa da Ucrânia na Organização das Nações Unidas (ONU), mas não adotou sanções económicas contra Moscovo, e, apesar de condenar a anexação de territórios, absteve-se da resolução contra os referendos de anexação de partes do território ucraniano pela Rússia.
No ano passado, Lula da Silva foi criticado quando disse que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, era "tão responsável" pelo conflito como Vladimir Putin.
Contudo, nas últimas semanas, especialmente com a visita do chanceler alemão e da ministra dos Negócios Estrangeiros francesa a Brasília e com a visita de Lula da Silva a Washington para se encontrar com Joe Biden, os apelos destes países para uma tomada de posição mais alinhada ao ocidente intensificaram-se.
Ainda hoje, em Brasília, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal afirmou, perante o seu homólogo brasileiro, que a frase de Lula da Silva "quando um não quer, dois não brigam", referindo-se à invasão russa da Ucrânia, "infelizmente não se aplica".
O Brasil com a votação de hoje mudou de rumo: "o Brasil decidiu votar a favor da resolução devido à necessidade urgente de esta Assembleia Geral reafirmar o seu compromisso inabalável de defender os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, sublinhando ao mesmo tempo a necessidade de alcançar a paz", afirmou o representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, em reunião da Assembleia Geral da ONU que aprovou resolução sobre a situação na Ucrânia.
Ainda assim, o representando brasileiro, seguindo a linha diplomática brasileira do último ano, frisou ser "mais do que tempo de iniciar conversações de paz, em vez de alimentar o conflito", num apelo a "ambas as partes para que cessem a violência sem condições prévias".
Esta resolução, justificou, "deve ser interpretada como um passo importante para preparar o caminho para a paz".
"Chegou o momento de abrir espaço para o diálogo e de iniciar a reconstrução. O Brasil está pronto a participar nos esforços para uma solução duradoura para este conflito", concluiu.
No início do mês, Lula da Silva defendeu a criação de um grupo de países que se envolva numa mediação para pôr fim à guerra na Ucrânia, uma espécie de G20, que inclua países como Índia, Brasil, Indonésia e China.
A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje, com uma esmagadora maioria de 141 votos, uma resolução que exige a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e pede "uma paz abrangente, justa e duradoura".
O projeto de resolução, elaborado pela Ucrânia e aliados com apoio da União Europeia, obteve 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU, reforçando mais uma vez o isolamento de Moscovo na panorama internacional.
Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua, e entre os países que se abstiveram estão a China, Índia, Angola, Moçambique, Cuba, África do Sul, Republica Centro Africana, Guiné Conacri, Vietname ou Gabão.
Portugal, Cabo Verde, Brasil, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste votaram a favor, enquanto os votos da Guiné-Bissau e Guiné Equatorial não foram registados no placar da votação apresentado na Assembleia Geral.
No total, 13 países não registaram os seus votos.
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No ano passado, Lula da Silva foi criticado quando disse que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, era "tão responsável" pelo conflito como Vladimir Putin.
Contudo, nas últimas semanas, especialmente com a visita do chanceler alemão e da ministra dos Negócios Estrangeiros francesa a Brasília e com a visita de Lula da Silva a Washington para se encontrar com Joe Biden, os apelos destes países para uma tomada de posição mais alinhada ao ocidente intensificaram-se.
Ainda hoje, em Brasília, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal afirmou, perante o seu homólogo brasileiro, que a frase de Lula da Silva "quando um não quer, dois não brigam", referindo-se à invasão russa da Ucrânia, "infelizmente não se aplica".
O Brasil com a votação de hoje mudou de rumo: "o Brasil decidiu votar a favor da resolução devido à necessidade urgente de esta Assembleia Geral reafirmar o seu compromisso inabalável de defender os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, sublinhando ao mesmo tempo a necessidade de alcançar a paz", afirmou o representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, em reunião da Assembleia Geral da ONU que aprovou resolução sobre a situação na Ucrânia.
Ainda assim, o representando brasileiro, seguindo a linha diplomática brasileira do último ano, frisou ser "mais do que tempo de iniciar conversações de paz, em vez de alimentar o conflito", num apelo a "ambas as partes para que cessem a violência sem condições prévias".
Esta resolução, justificou, "deve ser interpretada como um passo importante para preparar o caminho para a paz".
"Chegou o momento de abrir espaço para o diálogo e de iniciar a reconstrução. O Brasil está pronto a participar nos esforços para uma solução duradoura para este conflito", concluiu.
No início do mês, Lula da Silva defendeu a criação de um grupo de países que se envolva numa mediação para pôr fim à guerra na Ucrânia, uma espécie de G20, que inclua países como Índia, Brasil, Indonésia e China.
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O projeto de resolução, elaborado pela Ucrânia e aliados com apoio da União Europeia, obteve 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU, reforçando mais uma vez o isolamento de Moscovo na panorama internacional.
Votaram contra este texto a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua, e entre os países que se abstiveram estão a China, Índia, Angola, Moçambique, Cuba, África do Sul, Republica Centro Africana, Guiné Conacri, Vietname ou Gabão.
Portugal, Cabo Verde, Brasil, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste votaram a favor, enquanto os votos da Guiné-Bissau e Guiné Equatorial não foram registados no placar da votação apresentado na Assembleia Geral.
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