Num encontro na Casa Branca, em Washington, Luiz Inácio Lula da Silva criticou ainda o seu antecessor por se rodear de 'fake news' e por não "gostar de manter relações com nenhum país", pelo que trabalhará para "recolocar o Brasil na nova geopolítica mundial"
"O Brasil isolou-se durante quatro anos. (...) O senhor sabe que o Brasil ficou quatro anos se auto marginalizando. O anterior Presidente não gostava de manter relações com nenhum país. O mundo dele terminava e começava com 'fake news'...de manhã, de tarde e à noite. Parece-me que ele menosprezava as relações internacionais", disse Lula a Joe Biden.
Face a essa descrição de Bolsonaro, Biden respondeu: "Soa-me familiar", arrancando risos dos presentes na sala.
O Democrata salientou ainda que as democracias dos Estados Unidos e do Brasil foram "duramente testadas", mas "prevaleceram".
"As fortes democracias de ambas as nações foram recentemente testadas...duramente testadas. Mas tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, a democracia prevaleceu", frisou.
O facto de ambas as potências enfrentarem desafios semelhantes ligados à radicalização política e ao discurso de ódio no espaço virtual levou a que esse fosse um dos temas em destaque nesta que é a primeira visita de Lula da Silva a Washington desde que assumiu o seu terceiro mandato, em janeiro.
Em ambos os países, a extrema-direita radical tem mostrado a sua face mais violenta através de ataques levados a cabo em Washington e em Brasília.
Em 06 de janeiro de 2021, poucos dias antes da tomada de posse de Biden, apoiantes do ex-presidente norte-americano Donald Trump invadiram o Capitólio numa tentativa de impedir a certificação da vitória do Democrata.
Já em 08 de janeiro deste ano, foram os apoiantes de Jair Bolsonaro que atacaram os três poderes em Brasília, na tentativa de provocar um golpe contra Lula da Silva, que havia tomado posse no primeiro dia do ano.
"Acredito que devemos continuar a defender juntos os valores democráticos que constituem o núcleo da nossa força, não só no nosso hemisfério, mas no mundo. Valores como os direitos humanos e o Estado de direito", disse Biden no Salão Oval.
O líder brasileiro aproveitou então para agradecer "a solidariedade" do Democrata pelo reconhecimento da sua tomada de posse como Presidente e agradeceu ainda a "postura" de Joe Biden na defesa da Democracia.
Lula da Silva felicitou ainda o chefe de Estado norte-americano pelo seu discurso do Estado da União, feito na terça-feira perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmando ser um "discurso que cairia muito bem se fosse feito no Brasil".
O Presidente do Brasil destacou ainda que os dois países precisam de trabalhar juntos no combate à desigualdade e na defesa da Floresta Amazónia.
Uma das incógnitas do encontro é se Biden aproveitará a visita de Lula para anunciar aquela que seria a primeira contribuição dos Estados Unidos para o Fundo Amazónia, criado em 2009 para ajudar no combate à desflorestação e financiado principalmente com transferências de fundos da Noruega e Alemanha.
Contudo, a Noruega e Alemanha congelaram as suas contribuições para esse fundo devido ao avanço da desflorestação na Amazónia no Governo de Bolsonaro, mas manifestaram o desejo de retomá-las com Lula no poder.
É esperado que, no encontro a portas fechadas, o foco da conversa se concentre não só no combate às mudanças climáticas, mas também em estratégias para acabar com o extremismo antidemocrático.
Joe Biden deu as boas-vindas a Lula da Silva e à primeira-dama Rosângela (Janja) Lula da Silva por antes das 16:00 (hora de local, mais cinco horas em Portugal Continental) na Casa Branca.
A primeira-dama norte-americano, Jill Biden, não esteve presente na receção "por se estar a sentir mal", segundo a Casa Branca.
Esta é a sétima visita de Lula à Casa Branca, que foi recebido por George W. Bush quatro vezes e por Barack Obama duas vezes, de acordo com o Governo brasileiro.
[Notícia atualizada às 23h33]
Leia Também:
"O Brasil isolou-se durante quatro anos. (...) O senhor sabe que o Brasil ficou quatro anos se auto marginalizando. O anterior Presidente não gostava de manter relações com nenhum país. O mundo dele terminava e começava com 'fake news'...de manhã, de tarde e à noite. Parece-me que ele menosprezava as relações internacionais", disse Lula a Joe Biden.
Face a essa descrição de Bolsonaro, Biden respondeu: "Soa-me familiar", arrancando risos dos presentes na sala.
O Democrata salientou ainda que as democracias dos Estados Unidos e do Brasil foram "duramente testadas", mas "prevaleceram".
"As fortes democracias de ambas as nações foram recentemente testadas...duramente testadas. Mas tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, a democracia prevaleceu", frisou.
O facto de ambas as potências enfrentarem desafios semelhantes ligados à radicalização política e ao discurso de ódio no espaço virtual levou a que esse fosse um dos temas em destaque nesta que é a primeira visita de Lula da Silva a Washington desde que assumiu o seu terceiro mandato, em janeiro.
Em ambos os países, a extrema-direita radical tem mostrado a sua face mais violenta através de ataques levados a cabo em Washington e em Brasília.
Em 06 de janeiro de 2021, poucos dias antes da tomada de posse de Biden, apoiantes do ex-presidente norte-americano Donald Trump invadiram o Capitólio numa tentativa de impedir a certificação da vitória do Democrata.
Já em 08 de janeiro deste ano, foram os apoiantes de Jair Bolsonaro que atacaram os três poderes em Brasília, na tentativa de provocar um golpe contra Lula da Silva, que havia tomado posse no primeiro dia do ano.
"Acredito que devemos continuar a defender juntos os valores democráticos que constituem o núcleo da nossa força, não só no nosso hemisfério, mas no mundo. Valores como os direitos humanos e o Estado de direito", disse Biden no Salão Oval.
O líder brasileiro aproveitou então para agradecer "a solidariedade" do Democrata pelo reconhecimento da sua tomada de posse como Presidente e agradeceu ainda a "postura" de Joe Biden na defesa da Democracia.
Lula da Silva felicitou ainda o chefe de Estado norte-americano pelo seu discurso do Estado da União, feito na terça-feira perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmando ser um "discurso que cairia muito bem se fosse feito no Brasil".
O Presidente do Brasil destacou ainda que os dois países precisam de trabalhar juntos no combate à desigualdade e na defesa da Floresta Amazónia.
Uma das incógnitas do encontro é se Biden aproveitará a visita de Lula para anunciar aquela que seria a primeira contribuição dos Estados Unidos para o Fundo Amazónia, criado em 2009 para ajudar no combate à desflorestação e financiado principalmente com transferências de fundos da Noruega e Alemanha.
Contudo, a Noruega e Alemanha congelaram as suas contribuições para esse fundo devido ao avanço da desflorestação na Amazónia no Governo de Bolsonaro, mas manifestaram o desejo de retomá-las com Lula no poder.
É esperado que, no encontro a portas fechadas, o foco da conversa se concentre não só no combate às mudanças climáticas, mas também em estratégias para acabar com o extremismo antidemocrático.
Joe Biden deu as boas-vindas a Lula da Silva e à primeira-dama Rosângela (Janja) Lula da Silva por antes das 16:00 (hora de local, mais cinco horas em Portugal Continental) na Casa Branca.
A primeira-dama norte-americano, Jill Biden, não esteve presente na receção "por se estar a sentir mal", segundo a Casa Branca.
Esta é a sétima visita de Lula à Casa Branca, que foi recebido por George W. Bush quatro vezes e por Barack Obama duas vezes, de acordo com o Governo brasileiro.
[Notícia atualizada às 23h33]
Leia Também:
Você não tem permissão para ver o link, por favor
Entrar or Registrar-se
Você não tem permissão para ver o link, por favor
Entrar or Registrar-se