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A deputada estadual Isa Penna (PSOL) acusou o deputado Fernando Cury (Cidadania) de assédio durante uma sessão de votação do Orçamento do Estado, que decorreu na passada quarta-feira. O momento foi captado em vídeo por uma das câmaras da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), no Brasil.
De acordo com os meios brasileiros, a deputada apresentou queixa contra o colega por importunação sexual.
No vídeo divulgado, é possível ver Cury aproximar-se de Penna e a passar-lhe a mão na zona dos seios. A deputada tenta afastá-lo de imediato.
De acordo com a deputada, não é a primeira vez que ela e outras colegas são assediadas. "A deputada Isa Penna é conhecida por atuar em prol do combate à violência contra as mulheres e afirma que a violência política de género que sofreu publicamente na ALESP, infelizmente, não é um caso excecional, tendo em conta que ela e as deputadas Mônica Seixas e Erica Malunguinho, do mesmo partido, já foram assediadas em ocasiões anteriores", pode ler-se, numa nota citada pela Globo.
“O caso que vivemos não é isolado. Vemos a violência institucional e política contra as mulhereso tempo todo. O que dá direito a alguém de tocar numa parte do meu corpo?É o meu corpo. Estou aqui a pedir pelo direito de ficar de pé a conversar com o presidente da Assembleia sem ser assediada", disse Isa Penna num discurso no plenário de quinta-feira.
Já o deputado Cury, pediu desculpas por "abraçar" a colega e negou ter ocorrido assédio ou importunação sexual. "Subo a esta tribuna muito constrangido e triste pelo que foi aqui relatado. Gostava de esclarecer, principalmente às mulheres que estão aqui, que não existiu, de forma alguma, tentativa de assédio, importunação sexual ou qualquer outra coisa. Nunca fiz isso. Mas se a deputada Isa Penna se sentiu ofendida com o abraço que lhe dei, peço desculpa", disse.
A importunação sexual, descrita no Código Penal brasileiro como "praticar contra alguém e sem a sua anuência um ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros", prevê uma pena de prisão de um a cinco anos.
Esta sexta-feira, o Cidadania anunciou a decisão de afastar o deputado de todas as funções de direçãodo partido durante o decorrer do processo.
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