Shaun Pinner, um dos cinco prisioneiros de guerra britânicos libertados pela Rússia como parte de um acordo com a Ucrânia em setembro, revelou que foi torturado com choques elétricos durante o tempo que esteve em cativeiro na autoproclamada República Popular de Donetsk, no leste da Ucrânia.
O britânico esteve cinco meses detido após ser capturado, em maio, pelos separatistas pró-russos enquanto defendia a cidade de Mariupol. Em julho, juntamente com o também britânico Aiden Aislin e o marroquino Brahum Saadoun, foi acusado de “participar em combates como mercenário” e condenado à pena de morte.
Em entrevista à
“No dia seguinte, as minhas pernas incharam muito. O sangue escorria-me das pernas. Estava a sangrar devido aos choques elétricos e as minhas pernas tinham inchado tanto que eu não podia andar”, afirmou.
Pinner recordou um momento em que um soldado cortou as suas calças para ver se tinha alguma tatuagem que o ligasse ao Batalhão Azov. “Ele disse ‘Oh’ porque eu estava a sangrar por todo o lado, em todas as pernas. Estava a gritar, mas depois tive 200 volts a passar por mim, a controlar a minha perna. Estava literalmente de pé e ele eletrocutou-me ali dentro”, contou, acrescentando que ficou “petrificado”.
Na entrevista, o britânico apelou ainda a que o Reino Unido envie para a Ucrânia os aviões de combate pedidos pelo presidente Volodymyr Zelensky. “Eles precisam de apoio contínuo”, afirmou.
Já sobre um possível acordo de paz com a Rússia, Shaun Pinner defendeu que a Ucrânia não deveria avançar já, uma vez que tal implicaria a cedência de territórios. “Uma das coisas que digo às pessoas é: quanto da América ou da Noruega ou do Reino Unido estariam dispostos a perder para falar de paz?”, questionou.
“Duvido que a América desistisse de um centímetro, o Reino Unido também não. Portanto, a Ucrânia é exatamente a mesma coisa”, justificou, acrescentando que “se dermos um centímetro agora, eles voltarão dentro de três anos, cinco anos, e empurrarão um pouco mais - como fizeram com a Crimeia”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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O britânico esteve cinco meses detido após ser capturado, em maio, pelos separatistas pró-russos enquanto defendia a cidade de Mariupol. Em julho, juntamente com o também britânico Aiden Aislin e o marroquino Brahum Saadoun, foi acusado de “participar em combates como mercenário” e condenado à pena de morte.
Em entrevista à
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, o ex-soldado contou que foi eletrocutado e que chegou a uma altura em que não conseguia andar. “É como se os músculos estivessem a sair de si, do seu corpo”, explicou.“No dia seguinte, as minhas pernas incharam muito. O sangue escorria-me das pernas. Estava a sangrar devido aos choques elétricos e as minhas pernas tinham inchado tanto que eu não podia andar”, afirmou.
Pinner recordou um momento em que um soldado cortou as suas calças para ver se tinha alguma tatuagem que o ligasse ao Batalhão Azov. “Ele disse ‘Oh’ porque eu estava a sangrar por todo o lado, em todas as pernas. Estava a gritar, mas depois tive 200 volts a passar por mim, a controlar a minha perna. Estava literalmente de pé e ele eletrocutou-me ali dentro”, contou, acrescentando que ficou “petrificado”.
Na entrevista, o britânico apelou ainda a que o Reino Unido envie para a Ucrânia os aviões de combate pedidos pelo presidente Volodymyr Zelensky. “Eles precisam de apoio contínuo”, afirmou.
Já sobre um possível acordo de paz com a Rússia, Shaun Pinner defendeu que a Ucrânia não deveria avançar já, uma vez que tal implicaria a cedência de territórios. “Uma das coisas que digo às pessoas é: quanto da América ou da Noruega ou do Reino Unido estariam dispostos a perder para falar de paz?”, questionou.
“Duvido que a América desistisse de um centímetro, o Reino Unido também não. Portanto, a Ucrânia é exatamente a mesma coisa”, justificou, acrescentando que “se dermos um centímetro agora, eles voltarão dentro de três anos, cinco anos, e empurrarão um pouco mais - como fizeram com a Crimeia”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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