"Nós já não estamos nesse período. E eu lhe digo que durante a covid-19 foram contratados quase 1.500 profissionais de saúde. Neste momento, desses profissionais, nós conseguimos fazer contratos, sim, com cerca de três centenas", disse a ministra Filomena Gonçalves, ao responder aos deputados durante o debate parlamentar sobre a situação da saúde em Cabo Verde, que decorre na Assembleia Nacional, na Praia.
"Nós desejaríamos manter todos os profissionais de saúde que foram contratados no âmbito do covid-19", acrescentou, recordando que essas contratações, desde 2020, resultaram de uma exceção à lei.
"Porque nós estávamos num momento de emergência, a lei excecionou o regime geral [de contratação pública]", disse a ministra da Saúde, explicando que essa situação previa a celebração de contratos de trabalho a termo durante "o período que perdurasse a situação de emergência ou calamidade nacional" provocada pela covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou em Cabo Verde, desde março de 2020, um total de 413 óbitos por complicações associadas à doença, entre 63.249 casos confirmados.
Atualmente, o país conta apenas com cinco casos ativos.
Neste debate, a ministra avançou ainda que o rácio de profissionais de saúde em Cabo Verde aumentou 34%, passando de 55,3 por 10.000 habitantes em 2016 para 74 em 2022.
"Cabo Verde é hoje, do ponto de vista sanitário, um país muito mais seguro, muito mais atrativo, mais responsivo e com ganhos reconhecidos internacionalmente", afirmou a ministra Filomena Gonçalves.
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