Lordelo
Avensat
A alguns dias de se assinalarem dois anos daquele que é considerado por muitos canadianos como o pior atentado que ocorreu no seu território, são conhecidas algumas declarações que foram feitas durante a investigação.
Uma dessas declarações foi feita por David Westlak, um homem que foi confundido com o atirador e que, por milagre, ainda está vivo. Tudo começou a 19 de abril, em frente edifício no qual, na noite anterior, o atirador tinha matado 13 pessoas.
“Lembro-me de um tiro que se pareceu com a velocidade do som e de outro que foi um estrondo sonoro”, explicou David Westlak durante o inquérito, em junho do ano passado.
Quem premiu o gatilho foram dois membros da Polícia Montada Real Canadense, que confundiram Westlak com o suspeito, que foi apanhado ao final do dia. No total, matou 23 pessoas.
Segundo o inquérito, citado pelo Canadian Press e conhecido esta segunda-feira, Westlak vestia um colete refletor laranja e amarelo, e terá sido por isso que o confundiram com o atirador, que acabou por ser baleado mortalmente.
“Não me perguntem quem estava a proteger-me naquele dia e garantiu que aquele não era o meu último”, disse.
“Nunca fiquei com rancor aos dois polícias”, explicou, durante o inquérito, acrescentando que os gostava de conhecer. “Quero perguntar-lhes como é que falharam, já que não me posso esconder atrás de cabines telefónicas”, disse.
Segundo o documento citado pela agência canadense, os polícias dispararam cinco vezes sobre o homem. Ainda de acordo com o mesmo documento, foi possível concluir que os polícias acreditavam que David Westlak era o assassino, que nessa altura estava em fuga, e, por isso, agiram para "prevenir futuras mortes e mais ferimentos sérios".
Gabriel Wortman matou 23 pessoas nos dias 18 e 19 de abril de 2020, tendo ainda incendiado vários locais por onde passou.
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