Lordelo
Avensat
O Dia Mundial do Cancro do Sangue assinalou-se no sábado, 28 de maio, e, apesar ser uma doença de que se tem vindo a falar - com um grande progresso nos últimos tempos -, há ainda alguns mitos que deverão ser esclarecidos.
Este tipo de cancro, que afeta as células no sangue, pode ter várias origens e, por isso mesmo, cada tipo de cancro no sangue pode ter diferentes sintomas. No entanto, todos os cancros começam com mudanças no ADN das células.
Estima-se que este tipo de doença afete, a nível global, 1,24 milhões de pessoas, representando 6% dos casos de cancro, de acordo com a indústria farmacêutica americana Bristol-Myers Squibb.
Aqui ficam alguns esclarecimentos, por forma a distinguir aquilo que é verdade daquilo que é mito gerado à volta da doença.
Todos os utentes com cancro no sangue precisam de um transplante de medula óssea?
- Nem todos. A possibilidade de realizar um transplante de medula óssea quando se tem cancro no sangue é avaliada consoante o diagnóstico, a resposta a tratamentos e ao perfil genético do tumor
Leucemia e cancro no sangue são o mesmo?
- Há três tipos de cancros no sangue - leucemia, linfoma e mieloma. A leucemia é um tipo de sangue que afeta os glóbulos brancos e impede-os de realizarem as suas funções primárias, que são o combate a infeções. Para além de serem encontradas em alguns órgãos linfáticos, como o baço, estas células [glóbulos brancos] são estão também presentes no sangue.
- O linfoma é um cancro do sistema e nódulos linfáticos, que afeta os linfócitos.
- O mieloma é um cancro que afeta as células linfáticas, que produzem anticorpos para proteger um corpo de uma infeção.
O cancro no sangue é causado pela anemia?
- A anemia, que é uma deficiência nos níveis de hemoglobina, pode ocorrer nas pessoas com cancro do sangue. No entanto, a anemia desenvolve-se quando o corpo não produz suficientes glóbulos vermelhos saudáveis ou quando não a hemoglobina não tem oxigénio suficiente. A doença pode desenvolver-se, por exemplo, quando o sangue não tem ferro suficiente.
As pessoas tendem a acreditar que há pouca coisa que possam fazer para evitar o cancro, caso haja historial
- A maior parte dos indivíduos que têm um historial de cancro na família, não têm mais hipóteses de ter a doença - a não ser em casos de síndrome de Lynch ou de mutações nos genes BRCA 1 e 2. Nesses casos, é necessária uma maior prevenção.
O cancro no sangue é fatal?
- Os tratamentos de cancro no sangue estão melhorar, e, ao longo do tempo, os pacientes têm vindo a sobreviver cada vez mais tempo. As investigações ao nível da quimioterapia, radiação, transplantes de medula óssea ou imunoterapia têm permitido aumentar a esperança média de vida dos pacientes com cancro.