Carne de cavalo: Auchan, Polegar e El Corte Inglés acusam ADN

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Encontrámos ADN de cavalo nos hambúrgueres Auchan, almôndegas Polegar e lasanha El Corte Inglés. A crise alimentar que tem assolado a Europa no último mês instalou-se em Portugal. Exigimos transparência e rótulos com a origem da carne utilizada nos alimentos processados.


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Das 30 amostras de hambúrgueres, canelones, almôndegas e lasanhas que enviámos para laboratório, 3 continham ADN de cavalo. Detetámos vestígios (inferior a 1%) em hambúrgueres da Auchan e almôndegas do Polegar. Já na lasanha do El Corte Inglés a presença de ADN era superior: entre 1 e 5 por cento. Após sabermos os resultados, voltámos às lojas e já não encontrámos estes produtos. Portugal não escapa a esta crise alimentar. A dimensão da fraude de carne de cavalo é muito mais alargada do que se poderia pensar quando os primeiros contornos começaram a ser desvendados no Reino Unido, em janeiro.

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Testámos 30 produtos ultracongelados de 20 marcas, comprados em fevereiro: 12 hambúrgueres, 7 almôndegas, 7 lasanhas e 4 canelones.


Aldi (hambúrguer)
Auchan (hambúrguer)
Capitão Iglo (hambúrguer)
Charal (hambúrguer)
Chategrill (almôndegas e hambúrgueres)
Carson,Top Budget (hambúrgurer)
Continente (almôndegas, canelones e lasanha)
Dia (almôndegas, canelones, hambúrgueres e lasanha)
Eco+ (lasanha)
El Corte Inglés (lasanha)
Fiorni (lasanha)
Grillero (almôndegas e hambúrgueres)
Iglo (almôndegas, canelones e lasanha)
L'étal de Boucher (hambúrguer)
Mcennedy (hambúrguer)
Monissa (canelones)
Montalva (hambúrguer)
Monteiro Carnes (hambúrguer)
Polegar (lasanha)
Remar (almôndegas)

FALTA DE CONTROLO

É urgente que as autoridades continuem a fiscalização e que a origem do problema seja desvendada. Em prol da transparência e do direito à informação, os consumidores devem sempre saber o nome das marcas e estabelecimentos onde foram detetados problemas. Na maioria das vezes, só têm acesso a informações genéricas.

Até ao momento, não há provas de que a carne de cavalo detetada represente um risco para o consumidor. Mas é inaceitável que a sua incorporação nos alimentos não seja indicada no rótulo. Factos como este põem em risco a confiança dos consumidores.

Com um número crescente de intermediários, a cadeia de fornecedores dificulta que as autoridades consigam descortinar os meandros da teia de relações.

As regras para a rastreabilidade e segurança alimentar estão definidas ao nível comunitário, mas a aplicação é da responsabilidade dos Estados-membros. Cortes orçamentais ao nível da fiscalização por parte das autoridades são de evitar. É crucial que os governos disponibilizem recursos suficientes para uma fiscalização eficaz, dado só assim se minimizarem os problemas desta natureza, que põem em risco todo o setor agroalimentar. A perda de confiança do consumidor custará mais a este setor do que a poupança com eventuais cortes governamentais.

MAIS FISCALIZAÇÃO E ORIGEM NOS RÓTULOS

É urgente que as autoridades de cada país reforcem a fiscalização e que a origem dos alimentos seja transparente. Na União Europeia apenas é obrigatório mencionar a origem para a carne de bovino, pescado, vinho importado ou exportado, a maioria da fruta e dos legumes, mel, azeite e carne de aves quando importada fora da União Europeia. A nossa exigência é a obrigatoriedade de indicação de origem para a generalidade dos alimentos, incluindo os produtos processados.

Esta medida não impede práticas fraudulentas por agentes económicos sem escrúpulos (e, por isso, é necessário fortalecer a fiscalização), mas ajuda a pressionar a indústria a ter mais cuidado na origem dos ingredientes. Pode também ser um incentivo para as autoridades nacionais reforçarem a aplicação das leis comunitárias e implementarem um controlo mais eficaz, sabendo que algum incidente, se relacionado com o próprio país, danifica a imagem do setor agroalimentar.








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