Lordelo
Avensat
Um casal londrino diz ter sido forçado a guardar os restos mortais do filho no frigorífico de casa, após um aborto espontâneo, porque o hospital local "não tinha espaço" para guardá-los.
Laura e Lawrence receberam a triste notícia da morte do filho, após a realização de um exame, e tiveram de esperar em casa até que uma cama estivesse disponível no Hospital Universitário de Lewisham, em Londres, Inglaterra.
No entanto, apenas dois dias depois, a mulher acordou com fortes dores e correu em direção à casa de banho, onde diz ter percebido que se tratava de um menino, explica o The Independent.
Os dois saíram de casa em pânico, com os restos mortais do bebé guardados num tupperware, em direção ao hospital. "Estava a segurar o meu bebé numa caixa, a chorar, com outras 20 ou 30 pessoas naquela sala de espera", contou Laura, citada pelo mesmo jornal.
Os médicos alegaram que não havia um lugar seguro para guardar os restos mortais. Assim sendo, o casal, quando reparou que já era meia-noite, tomou a decisão de levá-los para casa.
"Não havia ninguém no hospital disposto a tomar conta do nosso bebé", disse Lawrence. "Foi um momento solitário e surreal a limpar espaço no meu frigorífico".
Laura sentiu muitas dores ao longo da gravidez, mas foi inicialmente informada de que o bebé estava bem. Está em curso uma investigação para compreender onde podem ter ocorrido falhas nos cuidados de saúde.
IN:CM