Lordelo
Avensat
Entre 2011 e 2019, um casal de Braga recebeu apoios de 37 mil euros por quatro filhos que nunca existiram. A dupla falsificou vários documentos, conseguindo enganar a Segurança Social ao longo de anos. Foram agora acusados pelo Ministério Público de Braga.
Marido e mulher forjaram declarações médicas e certidões de assento de nascimentos. Depois apresentaram-nas à Segurança Social, para requerer várias prestações sociais. Inventaram quatro filhos e, entre 2011 e 2019, conseguiram obter um benefício total de 37 658,69 euros, contabiliza o Ministério Público de Braga.
O casal ainda conseguiu introduzir estes quatro filhos no agregado familiar para efeitos de Rendimento Social de Inserção e assim recebeu verbas mais elevadas.
Segundo a acusação, entre outros apoios, receberam indevidamente 23 809 euros a título de abono de família, 4 272,80 euros de abono pré-natal; 2 883,72 euros de subsídio parental exclusivo do pai.
Além de criarem quatro filhos inexistentes, o casal ainda se apropriou de apoios destinados aos seus netos. Segundo a acusação, usaram as credenciais de uma filha e do marido para aceder à plataforma da Segurança Social. Depois, como se fossem eles os pais, requereram prestações sociais para os netos, indicando para pagamento uma conta só sua.
A 8 de outubro foram acusados pelo Ministério Público de quatro crimes de burla tributária e de dois crimes de falsidade informática.
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