Os padrões étnicos do Governo federal não são alterados desde 1997, duas décadas após terem sido criados como parte de um esforço para recolher dados consistentes de raça e etnia pelas agências federais ao lidar com censos, pesquisas e formulários de inscrição para benefícios concedidos pelo executivo.
Uma opção de "Médio Oriente ou Norte da África" e "Hispânico ou Latino" nos questionários que solicitam a raça ou etnia de um cidadão está entre as primeiras recomendações anunciadas num aviso do Diário Oficial do Governo, que foi disponibilizado na quinta-feira para inspeção pública antes da sua publicação oficial.
Analistas têm defendido que a forma como a raça é categorizada nesses questionários muitas vezes confunde os entrevistados hispânicos, que não têm certeza de como responder.
Usando os padrões de 1997, residentes nos Estados Unidos provenientes de países do Médio Oriente e Norte da África foram encorajados a identificarem-se como "brancos".
O Departamento do Censo dos Estados Unidos recomendou adicionar a categoria MENA - sigla na Língua inglesa referindo-se a regiões do Oriente Médio e Norte da África - ao formulário do censo de 2020, mas o Governo de Donald Trump abandonou a ideia.
De acordo com a administração de Joe Biden, levantamentos sugerem que muitos entrevistados da categoria MENA veem a sua identidade como distinta da "branca", distinção essa que vem sendo defendida ao longo de mais de 30 anos pelas partes interessadas.
Entre os países de origem que se enquadrariam na categoria MENA estariam Líbano, Irão, Egito, Síria, Marrocos e Israel, disse o atual Governo.
"Isso é realmente um grande avanço. Há décadas que trabalhamos para obter essa separação, de forma a obter melhores dados sobre a nossa comunidade", disse Maya Berry, diretora executiva do 'Arab American Institute', um grupo de direitos civis com sede em Washington.
As propostas, que partiram de um grupo de funcionários públicos de carreira, incentivam a recolha de informações mais detalhadas sobre raça e etnia nos formulários do Governo, permitindo que os entrevistados indiquem o seu país de origem ao responder.
Também recomendam a retirada das palavras "negro", "Extremo Oriente" e o uso dos termos "maioria" e "minoria" de formulários do Governo federal, argumentando que podem ser considerados pejorativos ou desatualizados, e que os padrões precisam de "respeitar a forma como as pessoas se referem a si mesmas".
A necessidade de atualizar os padrões foi impulsionada pelo aumento da diversidade racial e étnica no país, face um número crescente de pessoas que se identificam com mais de uma raça ou etnia e mudanças nos padrões de imigração e migração, de acordo com o aviso publicado no Diário Oficial do Governo.
O grupo de trabalho frisou que estas propostas são preliminares e que ainda não refletem os padrões oficiais do Governo federal, uma vez que continuarão a ser discutidas com contribuições do público, que tem até meados de abril para enviar possíveis comentários.
O objetivo é garantir que "os padrões reflitam melhor a diversidade do povo americano", disse Karin Orvis, chefe de estatística dos Estados Unidos, num blogue.
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Analistas têm defendido que a forma como a raça é categorizada nesses questionários muitas vezes confunde os entrevistados hispânicos, que não têm certeza de como responder.
Usando os padrões de 1997, residentes nos Estados Unidos provenientes de países do Médio Oriente e Norte da África foram encorajados a identificarem-se como "brancos".
O Departamento do Censo dos Estados Unidos recomendou adicionar a categoria MENA - sigla na Língua inglesa referindo-se a regiões do Oriente Médio e Norte da África - ao formulário do censo de 2020, mas o Governo de Donald Trump abandonou a ideia.
De acordo com a administração de Joe Biden, levantamentos sugerem que muitos entrevistados da categoria MENA veem a sua identidade como distinta da "branca", distinção essa que vem sendo defendida ao longo de mais de 30 anos pelas partes interessadas.
Entre os países de origem que se enquadrariam na categoria MENA estariam Líbano, Irão, Egito, Síria, Marrocos e Israel, disse o atual Governo.
"Isso é realmente um grande avanço. Há décadas que trabalhamos para obter essa separação, de forma a obter melhores dados sobre a nossa comunidade", disse Maya Berry, diretora executiva do 'Arab American Institute', um grupo de direitos civis com sede em Washington.
As propostas, que partiram de um grupo de funcionários públicos de carreira, incentivam a recolha de informações mais detalhadas sobre raça e etnia nos formulários do Governo, permitindo que os entrevistados indiquem o seu país de origem ao responder.
Também recomendam a retirada das palavras "negro", "Extremo Oriente" e o uso dos termos "maioria" e "minoria" de formulários do Governo federal, argumentando que podem ser considerados pejorativos ou desatualizados, e que os padrões precisam de "respeitar a forma como as pessoas se referem a si mesmas".
A necessidade de atualizar os padrões foi impulsionada pelo aumento da diversidade racial e étnica no país, face um número crescente de pessoas que se identificam com mais de uma raça ou etnia e mudanças nos padrões de imigração e migração, de acordo com o aviso publicado no Diário Oficial do Governo.
O grupo de trabalho frisou que estas propostas são preliminares e que ainda não refletem os padrões oficiais do Governo federal, uma vez que continuarão a ser discutidas com contribuições do público, que tem até meados de abril para enviar possíveis comentários.
O objetivo é garantir que "os padrões reflitam melhor a diversidade do povo americano", disse Karin Orvis, chefe de estatística dos Estados Unidos, num blogue.
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