Bao, de 52 anos, é o fundador do China Renaissance, um grande banco de investimento privado chinês especializado no setor tecnológico.
O grupo supervisionou a entrada em bolsa de vários gigantes do setor da Internet, incluindo o grupo de comércio eletrónico JD.com, ou a fusão, em 2015, entre as empresas de serviços de transporte partilhado Didi e Kuaidi Dache.
O China Renaissance informou hoje que "Bao está, atualmente, a cooperar com uma investigação aberta pelas autoridades" chinesas.
"A empresa vai cooperar devidamente e atender a qualquer solicitação legal das autoridades relevantes da República Popular da China", acrescentou o grupo.
O China Renaissance, que informou em 16 de fevereiro, que não conseguia "entrar em contacto com o (chefe-executivo) Bao Fan", não especificou a natureza da investigação.
O súbito desaparecimento de empresários não é novidade no país asiático
Um dos casos mais proeminentes envolveu o magnata canadiano de origem chinesa, Xiao Jianhua, que desapareceu em 2017 de um hotel em Hong Kong. Conhecido por ter laços a alguns dos principais líderes comunistas chineses, Xiao terá sido sequestrado por agentes de Pequim, segundo relatos da imprensa.
Xiao chegou a ser um dos homens mais ricos da China, com uma fortuna estimada em seis mil milhões de dólares. O ex-empresário foi finalmente condenado, no ano passado, a 13 anos de prisão, por fraude.
O grupo China Renaissance, que conta com mais de 700 funcionários em todo o mundo, está presente em Singapura e nos Estados Unidos.
De acordo com a revista chinesa Caixin, as autoridades chinesas detiveram o presidente do China Renaissance, Cong Lin, em setembro passado, depois de uma investigação ter sido aberta sobre o seu trabalho anterior, no banco estatal ICBC.
Após ascender ao poder, em 2012, o presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma ampla campanha contra a corrupção, que resultou na prisão de líderes empresariais, principalmente nos setores financeiro e de novas tecnologias, e de centenas de altos quadros do Partido Comunista Chinês.
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"A empresa vai cooperar devidamente e atender a qualquer solicitação legal das autoridades relevantes da República Popular da China", acrescentou o grupo.
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