A Câmara rejeita que a interdição de entrar feita aos moradores de um bairro seja motivada por racismo.
Autarca garante que enquanto não forem identificadas as pessoas que provocaram distúrbios e vandalismo a proibição é para manter. SOS Racismo fala em "ilegalidade".
O movimento SOS Racismo criticou hoje a Câmara de Estremoz por impedir a entrada nas piscinas municipais à comunidade cigana de um bairro da cidade, mas o autarca refuta as acusações, alegando prejuízos causados por distúrbios.
José Falcão, do movimento SOS Racismo, disse hoje à agência Lusa que a denúncia da situação foi enviada para a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial para que "possa atuar em conformidade".
Considerando a medida "completamente ilegal", um comunicado do movimento acrescenta que "seguramente em Estremoz não serão apenas elementos da comunidade cigana a provocar distúrbios".
"E, mesmo que assim fosse, é criminoso decidir que toda uma comunidade deve pagar por qualquer coisa que este ou aquele elemento possa ter feito", refere o documento.
No comunicado, o SOS Racismo interroga-se sobre a "presença da autoridade" no local, que, ao ouvir uma funcionária da câmara dizer a uma pessoa do movimento que "não deixavam entrar nas piscinas moradores do bairro das Quintinhas de etnia cigana", ouviu "esta afirmação grave e nada fez".
dn