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Começa hoje uma nova era nos clássicos entre Barcelona e Real Madrid, sob a batuta de Tata Martino e Carlo Ancelotti.
A herança de Pep Guardiola no estilo de jogo do Barcelona permanece visível a olho nu, mas foi perdendo brilho desde que, em 2012, o técnico decidiu tirar um ano de férias após ter ganho tudo.
Se outras provas não existissem, bastaria lembrar que, nos seis clássicos na época passada com o Real Madrid, o Barça de Tito Vilanova apenas venceu o primeiro – contra três triunfos da equipa de José Mourinho.
A dificuldade para impor um domínio absoluto ao rival começou no final do reinado de Guardiola, que antes vivera quase quatro anos a subjugar os merengues: duas derrotas inflingidas ao Real de Manuel Pellegrini (2008/09) e oito em 14 choques com o de Mourinho (2009 a 2012), que só por duas vezes saiu vencedor.
Mas a aparente inversão da tendência é agora uma incógnita, em dia do primeiro clássico da época, em Nou Camp (17h, SportTV 1). As circunstâncias mudaram. Com a entrada dos treinadores Tata Martino e Carlos Ancelotti, e a introdução de conceitos de jogo que tardam em convencer, abre-se uma nova era no clássico espanhol.
As alterações não se ficam pelo corpo técnico. Messi e Ronaldo continuam à frente das tropas no terreno. E mantêm a seu lado fiéis como Iniesta, Xavi, Piqué ou Daniel Alves, no caso do argentino, e Sergio Ramos, Pepe, Khedira ou Benzema, no que toca ao português. Há, no entanto, uma nuance: um e outro devem adaptar-se à presença de um novo soldado de alta patente, casos de Neymar e Gareth Bale, sendo que o brasileiro do Barça arrancou bem melhor, até porque o galês do Real tem estado condicionado por problemas físicos. Bale deve iniciar no banco de suplentes um clássico em que está em jogo a liderança do campeonato espanhol.