Comer estes alimentos atenua risco de infeção e morte por SARS-CoV-2

Lordelo

Avensat
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Especialistas defendem que alimentos que contenham couve crua ou fermentada podem ter um efeito altamente benéfico contra o novo coronavírs SARS-CoV-2, causador da Covid-19, ao reduzirem os níveis de um composto que ajuda o vírus a infetar o corpo humano.

Investigadores europeus afirmam que tal pode explicar o facto de países como a Alemanha e a Coreia do Sul - locais onde esses alimentos são populares - apresentem as menores taxas de mortalidade de Covid-19.



Outros alimentos, tais como leite fermentado, também podem proteger da mesma forma contra a doença pulmonar.

Os cientistas creem que países que consomem altas quantidades de iogurtes e de quefir - como por exemplo Grécia, Bulgária e Turquia - também experienciaram menos mortes.

A confiança nesta ideia é tanta que o professor que liderou uma equipa de 25 cientistas, mudou a sua dieta de modo a incluir mais couve.

Jean Bousquet, Professor Honorário de Medicina Pulmonar na Universidade de Montpellier, em França, e um ex-especialista membro da Organização Mundial de Saúde (OMS), disse: "tem-se dado pouca importância à disseminação e severidade do vírus, e às diferenças regionais relativas à dieta, mas a verdade é que alterações no regime alimentar podem apresentar enormes benefícios".

"Entender estas diferenças na alimentação, e medidas protetoras, tais como a dieta, mas muitas outras, é de suma importância, e pode de facto ajudar a controlar a pandemia".

O estudo, publicado no Clinical and Translational Allergy, analisou a taxa de mortalidade do novo coronavírus e as diferentes dietas de vários países.

Os cientistas detetaram que a Alemanha apresenta um nível de mortandade mais baixo, assim como a Áustria, Republica Checa, Polónia, Eslováquia, países do Báltico e Finlândia.

As fatalidade na Bulgária, Grécia e Roménia também são mais mais reduzidas, enquanto que são notoriamente mais elevadas na Bélgica, França, Itália, Espanha e no Reino Unido.

De acordo com os investigadores, o regime alimentar é o elemento chave que determina as diferenças entre estes países. Os que apresentam uma menor mortalidade são locais onde se consome maiores quantidade de alimentos fermentados, que incluem chucrute ou quefir.

Estes alimentos são ricos em antioxidantes, e os cientistas creem que reduzem os níveis da enzima ACE2.

A ACE2 está conectada às células dos pulmões e é utilizada pelo SARS-CoV-2 como um ponto de entrada no organismo.

Segundo os cientistas, os alimentos fermentados agem como bloqueadores naturais do vírus ajudando a conferir imunidade aos indivíduos que os ingerem regularmente.

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