"O Governo, dirigido pelo Partido Comunista Chinês, enganou-nos e manipulou-nos a cada passo, cometendo espionagem na nossa pátria e trabalhando para derrubar a ordem baseada em regras globais. Os EUA estão agora presos numa competição acirrada, na qual o Governo chinês está a tentar colocar-se no topo da ordem mundial global enquanto degrada o poder militar, diplomático e económico dos EUA", afirmou o congressista republicano August Pfluger na abertura de uma audiência do Comité de Segurança Interna.
A sessão, denominada "Confrontar as ameaças do Partido Comunista Chinês (PCC) à pátria dos EUA", consistiu em recolher depoimentos de especialistas na área de segurança, de forma a "educar os esforços" do Congresso para mitigar as ameaças representadas pelo PCC.
Um dos episódios mais mencionados ao longo de toda a audiência foi o alegado balão de espionagem chinês, encontrado a sobrevoar o território norte-americano no início do mês passado, que, segundo Pfluger, foi usado para explorar locais sensíveis, incluindo locais militares e infraestrutura crítica nos EUA, embora admitindo não ter informações que comprovem essa teoria.
"Esse plano de vigilância chinês foi uma exibição descarada de espionagem na pátria dos EUA, mas é, em última análise, uma das muitas maneiras pelas quais o PCC está a trabalhar para explorar as nossas vulnerabilidades", alertou.
No seu testemunho, focado nas capacidade e na audácia de Pequim ao nível da tecnologia e ciberespaço, o ex-diretor do Centro Nacional de Contra-Inteligência norte-americano, William Evanina, classificou a China como a "ameaça estratégica mais complexa, perniciosa e agressiva que os EUA já enfrentaram, com o setor privado e a ciência a tornarem-se um "espaço de batalha geopolítico" para Pequim.
"Estamos num evento de terrorismo lento, metódico, estratégico, persistente, um evento duradouro que requer um grau de urgência da ação", argumentou Evanina, que também já serviu no FBI e na CIA.
O ex-diretor do Centro Nacional de Contra-Inteligência norte-americano afirmou que as capacidades da China para efetuar violações e ameaças cibernéticas, vigilância e penetrações em infraestrutura crítica são "inigualáveis" como adversário, indicando que cerca de "80 por cento dos adultos americanos tiveram todos os seus dados privados roubados pelo PCC".
"Quando colocamos no atual cenário de ameaças, balões de vigilância sofisticados, portos marítimos, vigilância, compras estratégicas de terras, bases militares, ameaças 5G terrestres e espaciais, delegacias de polícia chinesas nos EUA, a empresa de telecomunicação Huawei e a rede social Tik Tok, começa a ser pintado um mosaico muito sombrio numa perspetiva de segurança cibernética. A China possui recursos persistentes e intermináveis para penetrar nos nossos sistemas", assegurou.
William Evanina acrescentou que ao longo da sua carreira, como um dos prinicpais chefes de inteligência do país, investigou vários ataques terroristas, mas que a ameaça representada pela China "é muito mais perigosa para a sustentabilidade da longevidade dos EUA do que qualquer ameaça terrorista".
Um tenente-general aposentado do Exército, Joseph Guastella, afirmou que a China representa "a ameaça mais grave que os norte-americanos já enfrentaram nas suas vidas desde a guerra fria".
"E a razão é porque temos uma superpotência económica que rouba a nossa tecnologia, que nos pode atacar aqui mesmo, na nossa pátria, ou negar os nossos objetivos além mar, na defesa de Taiwan. Se os deixarmos continuar com este caminho, se não respondermos, iremos encontrar-nos numa posição muito desconfortável, como vermos membros do serviço dos EUA a perder lutas", disse.
Numa evidência de que a China é um ponto de consenso entre o Partido Republicano e o Partido Democrata, o congressista democrata Seth Magaziner afirmou que o seu partido está disponível para trabalhar com a oposição "num espírito de colaboração bipartidário" em prol "da defesa da privacidade e da segurança do povo norte-americano, na proteção das indústrias e cadeias de abastecimento dos EUA e no aumento da segurança nacional".
"Ao fazermos esse trabalho juntos, devemos lembrar que o povo da China sofre opressão e violações dos direitos humanos nas mãos do autoritário PCC. (...) A nossa luta não é com o povo chinês, mas sim com o PCC, cada vez mais hostil à democracia e aos direitos humanos", frisou Magaziner.
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Um dos episódios mais mencionados ao longo de toda a audiência foi o alegado balão de espionagem chinês, encontrado a sobrevoar o território norte-americano no início do mês passado, que, segundo Pfluger, foi usado para explorar locais sensíveis, incluindo locais militares e infraestrutura crítica nos EUA, embora admitindo não ter informações que comprovem essa teoria.
"Esse plano de vigilância chinês foi uma exibição descarada de espionagem na pátria dos EUA, mas é, em última análise, uma das muitas maneiras pelas quais o PCC está a trabalhar para explorar as nossas vulnerabilidades", alertou.
No seu testemunho, focado nas capacidade e na audácia de Pequim ao nível da tecnologia e ciberespaço, o ex-diretor do Centro Nacional de Contra-Inteligência norte-americano, William Evanina, classificou a China como a "ameaça estratégica mais complexa, perniciosa e agressiva que os EUA já enfrentaram, com o setor privado e a ciência a tornarem-se um "espaço de batalha geopolítico" para Pequim.
"Estamos num evento de terrorismo lento, metódico, estratégico, persistente, um evento duradouro que requer um grau de urgência da ação", argumentou Evanina, que também já serviu no FBI e na CIA.
O ex-diretor do Centro Nacional de Contra-Inteligência norte-americano afirmou que as capacidades da China para efetuar violações e ameaças cibernéticas, vigilância e penetrações em infraestrutura crítica são "inigualáveis" como adversário, indicando que cerca de "80 por cento dos adultos americanos tiveram todos os seus dados privados roubados pelo PCC".
"Quando colocamos no atual cenário de ameaças, balões de vigilância sofisticados, portos marítimos, vigilância, compras estratégicas de terras, bases militares, ameaças 5G terrestres e espaciais, delegacias de polícia chinesas nos EUA, a empresa de telecomunicação Huawei e a rede social Tik Tok, começa a ser pintado um mosaico muito sombrio numa perspetiva de segurança cibernética. A China possui recursos persistentes e intermináveis para penetrar nos nossos sistemas", assegurou.
William Evanina acrescentou que ao longo da sua carreira, como um dos prinicpais chefes de inteligência do país, investigou vários ataques terroristas, mas que a ameaça representada pela China "é muito mais perigosa para a sustentabilidade da longevidade dos EUA do que qualquer ameaça terrorista".
Um tenente-general aposentado do Exército, Joseph Guastella, afirmou que a China representa "a ameaça mais grave que os norte-americanos já enfrentaram nas suas vidas desde a guerra fria".
"E a razão é porque temos uma superpotência económica que rouba a nossa tecnologia, que nos pode atacar aqui mesmo, na nossa pátria, ou negar os nossos objetivos além mar, na defesa de Taiwan. Se os deixarmos continuar com este caminho, se não respondermos, iremos encontrar-nos numa posição muito desconfortável, como vermos membros do serviço dos EUA a perder lutas", disse.
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"Ao fazermos esse trabalho juntos, devemos lembrar que o povo da China sofre opressão e violações dos direitos humanos nas mãos do autoritário PCC. (...) A nossa luta não é com o povo chinês, mas sim com o PCC, cada vez mais hostil à democracia e aos direitos humanos", frisou Magaziner.
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