Lordelo
Avensat
O estudo realizado por investigadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Brasil, revelou que a infeção pelo novo coronavírus pode levar a danos severos nos rins.
A pesquisa recente publicada no Frontiers in Physiology e citada pela CNN, consistiu na revisão de diversos trabalhos científicos prévios de modo a entender como o SARS-CoV-2 pode impactar gravemente no sistema renal.
De acordo com os investigadores, a chave pode estar na interação do vírus com uma enzima determinante presente no corpo humano.
No momento em que alguém é infetado, o coronavírus tem de interagir com a enzima 'conversora de angiotensina 2' (ACE2), que por sua vez permite que o vírus invada as células e se replique.
Ora, os investigadores da Unifesp, explica a CNN, apuraram que essa enzima é igualmente capaz de propiciar um desequilíbrio noutros sistemas do organismo, incluindo o responsável por regular a pressão arterial (renina-angiotensina) e outro que interfere em vários processos biológicos (calicreína-cinina). Ou seja, a enzima impacta nos processos de inflamação, controle da pressão sanguínea e proliferação celular.
Consequentemente, os investigadores determinaram que o comprometimento das funções da enzima ACE2 pode diminuir o fluxo sanguíneo e a competência de filtração dos rins. Sendo que a modificação da função renal pode complicar a eliminação de substâncias que, em demasia, podem ser tóxicas para o corpo humano.
Adicionalmente, o aumento da contração dos vasos sanguíneos ou vasoconstrição, leva a uma sobrecarga e à debilitação da função renal.
A pesquisa constatou que a incidência de lesão renal aguda pode variar de 20% a 40% em pacientes que sofrem de Covid-19.
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