Covid-19: Ómicron é mais grave do que se pensava, diz estudo

Lordelo

Avensat
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Afinal, a Ómicron é tão gravosa para o ser humano como as restantes variantes do SARS-CoV-2, comprova um estudo publicado na plataforma Research Square e que aguarda revisão pelos pares na Nature Portfolio.






"Descobrimos que o risco de internamento e mortalidade é quase idêntico" na vaga da variante Ómicron, inicialmente detetada no Botswana e com grande disseminação na África do Sul, e nos últimos dois anos, quando diferentes estirpes eram dominantes, dizem os autores do estudo.


Esta descoberta, com base em dados de 130 mil doentes infetados com Covid-19 durante os últimos dois anos, foi feita por quatro cientistas do Massachusetts General Hospital, Minerva University e a Harvard Medical School, nos Estados Unidos, que se recusaram a comentar o estudo até a revisão por pares estar concluída.


Ao invés de analisarem apenas o número de óbitos e de hospitalizações, como haviam feito estudos anteriores, este considerou o estado de vacinação dos doentes e os fatores de risco médicos, tendo comparado grupos semelhantes de indivíduos, disse à Reuters Arjun Venkatesh, da Yale School of Medicine e do Yale Center for Outcomes Research and Evaluation, nos Estados Unidos, que não esteve envolvido no estudo.


Por sua vez, os autores apontam para possíveis limitações do estudo, incluindo o facto de poderem ter subestimado o número de doentes vacinados em vagas mais recentes de Covid e o número total de infecções, porque excluíram as pessoas que realizaram testes rápidos de antigénio à Covid-19 em casa.


O estudo não teve em conta os tratamentos que os doentes possam ter recebido, como anticorpos monoclonais ou medicamentos antivirais "que são conhecidos por reduzir os internamentos", constatou Venkatesh. "É possível que, se não tivéssemos esses tratamentos disponíveis hoje, a Ómicron seria ainda pior."


Quando a Ómicron foi detetada pela primeira vez no final de 2021, recorde-se que as autoridades de saúde pública disseram que, apesar da elevada taxa de transmissibilidade, esta causava sintomas mais leves na grande maioria dos doentes, quando comparada com a variante Delta ou com outras estirpes anteriores.

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