Covid-19. Adolescentes estão mais em risco do que adultos, diz estudo

Lordelo

Avensat
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Desde o início da pandemia que se afirma que as crianças e os adolescentes são os menos afetados pela Covid-19, no entanto, um estudo, publicado esta semana, concluiu que os adolescentes e jovens estão mais em risco de contrair este vírus.

O estudo foi realizado por investigadores da Touro University e da New York Medical College - entidade parceira - que analisaram apenas pessoas americanas, durante o outono de 2020, antes de as vacinas estarem em circulação.

Publicado no JAMA, os investigadores descobriram que, em 16 dos 19 estados americanos estudados, as taxas de infeção são, significativamente maiores entre adolescentes e jovens, quando comparadas aos números registados entre adultos mais velhos - com mais de 65 anos. Aliás, em determinados casos, as taxas são duas vezes maiores.

Um dos maiores objetivos dos investigadores era abordar as falhas dos estudos publicados anteriormente, por exemplo, alguns foram realizados quando as escolas estavam fechadas - fator que reduziu a exposição desta faixa etária ao vírus. Além disto, no início da pandemia, os jovens não eram tão testados como os adultos, explicam, e, por isso, os dados destes meses podem não ser os mais exatos.



O estudo analisou os dados de pessoas que vivem em estados que sofreram de um elevado número de casos da variante original do SARS-CoV-2 no outono de 2020. Nesta altura ainda não existiam vacinas no mercado e para os cientistas é algo importante de destacar porque "significa que as descobertas não podem ser atribuídas aos efeitos da vacinação", explicou, ao portal online News Medical, uma das coautoras do estudo Barbara Rumain, professora na Touro University.

Além disto, os autores do estudo acreditam que o risco pode ser ainda maior, porque adolescentes e jovens são não apresentam, geralmente, sintomas e são pouco testados, o que pode influenciar a quantidade de casos que é registado diariamente.

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