Lordelo
Avensat
Um estudo promovido por investigadores da Corte Prospectiva Neurológica e Molecular da Covid-19, no Reino Unido, publicado na revista ScienceDirect, sugere que a maioria doentes recuperados da Covid-19 ficam com sintomas, que vão da fadiga à depressão.
Depois de acompanharem 200 indivíduos, durante 125 dias, os investigadores revelam que 80% queixam-se de sintomas pós-covid. Destes, 68,5% afirmam sentir fadiga extrema e 66,5% apontam a dor de cabeça como a principal sequela.
Os cientistas explicam que a fadiga é comum porque os níveis de inflamação no corpo — a resposta natural do organismo a uma infeção — permanecem elevados em alguns indivíduos mesmo meses depois. Esta hipótese foi corroborada através de amostras de sangue recolhidas no início do estudo e nos meses seguintes. As descobertas mostram que os anticorpos do vírus podem diminuir, mas a inflamação do organismo permanece e produz sintomas como fadiga, que é substancialmente superior em doentes com esclerose múltipla e artrite reumatoide.
Alterações no olfato (54,5%) e no paladar (54%) também foram apontados por mais da metade dos inquiridos. Quase 47% afirmam comprometimento cognitivo e 30% notam o vocabulário prejudicado e 32% a memória afetada.
Recorde-se que a chamada Covid longa acontece quando os sintomas da doença se prolongam no tempo. A fadiga, falta de ar, tosse, dores musculares ou perda de olfato e paladar prolongados são alguns dos sintomas mais comuns.
O que fazer se apresentar sintomas de Covid-19:
Mantenha a calma e evite deslocar-se aos hospitais. Fique em casa e ligue para o SNS 24 (808 24 24 24). Escolha a opção 1 (para outros sintomas deve escolher a opção 2) ou 112 se for emergência médica. Siga todas as orientações dadas e evite estar próximo de pessoas, mantendo uma distância de, pelo menos, dois metros.
IN:NM