Lordelo
Avensat
A Covid-19 poderá estar na base dos casos de hepatite aguda infantil em todo o mundo, segundo um estudo recentemente publicado na revista científica The Lancet Gastroenterology & Hepatology, citado pela Reuters.
Ainda que as análises à maioria das crianças afetadas tenha detetado a presença do adenovírus 41F – que não é conhecido por ‘atacar’ o fígado –, esta hepatite de origem desconhecida poderá ter tido origem através do contacto do adenovírus com partículas da Covid-19 ainda presentes no trato intestinal, sobrecarregando o sistema imunitário das crianças, dizem os investigadores.
Um outro estudo, que aguarda uma revisão por pares, sugere que as crianças que tenham sido infetadas pelo SARS-CoV-2 têm uma maior probabilidade de sofrer de problemas no fígado, ainda que realce que esta tese terá de ser suportada com mais estudos.
Os últimos dados divulgados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa), que criou um Grupo de Crise para vigiar a doença, relatam a existência de, pelo menos, 450 casos de hepatite aguda infantil em todo o mundo, que já provocou a morte de 11 crianças.
Os primeiros 10 casos de hepatite infantil aguda foram notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo Reino Unido, a 5 de abril, envolvendo crianças com menos de 10 anos
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