Covid longa. Investigadora testa em si própria Paxlovid (com sucesso)

Lordelo

Avensat
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A toma do antiviral Paxlovid da Pfizer revelou-se eficaz no tratamento de, pelo menos, dois doentes com Covid longa. Um dos doentes é uma imunologista que testou em si própria o fármaco, avança a agência Reuters, citando o relatório da investigação publicado na Research Square.






Antes de tomar Paxlovid, a mulher queixou-se de fadiga extrema. Chegou mesmo a relatar que sentia que tinha sido atingida "por um camião" ao mínimo esforço. Após a toma de apenas dois comprimidos, Lavanya Visvabharathy, de 37 anos, garante que os sintomas de Covid longa desapareceram.


"É 100% fiável", diz. A investigadora, que se dedica ao estudo da Covid longa, ressalva, no entanto, que para provar os benefícios do Paxlovid são necessários mais ensaios clínicos.


O outro caso diz respeito a uma mulher de 47 anos que, embora já estivesse vacinada, havia contraído Covid-19 no verão do ano passado. A maior parte dos sintomas agudos despareceu em 48 horas. Porém, mantiveram-se a fadiga severa, algum nevoeiro cerebral e exaustão após fazer exercício. A mulher também se queixava de insónias, batimentos cardíacos acelerados e dores no corpo severas que a fizeram abandonar o trabalho.


Seis meses após a infeção, foi reinfetada e muitos dos sintomas agudos regressaram. Foi-lhe receitada a toma de Paxlovid, durante cinco dias, pela médica que a acompanhava. Ao terceiro, já notava melhorias.


Embora os resultados da experiência sejam positivos, ainda é cedo para grandes conclusões, sobretudo devido à pouca amostra de pacientes. Steven Deeks, professor de medicina da Universidade da Califórnia e especialista na pesquisa da cura para o HIV, acredita, porém, que os casos dos doentes com Covid longa tratados com Paxlovid podem ser essenciais para perceber a cura para a Covid-19.


As dores musculares ou no peito, fadiga, falta de concentração, confusão mental, anosmia, ageusia e a dificuldade respiratória são algumas das queixas mais frequentes nos doentes com Covid longa. A condição afeta cerca de 30% das pessoas que foram infetadas com o vírus.


O Paxlovid combina um novo fármaco da Pfizer com o antigo antiviral Ritonavir. Está atualmente autorizado para uso em doentes que se encontrem nos primeiros dias de infecção por Covid-19. O objetivo é prevenir prevenir doenças graves em pacientes de alto risco.

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