Covid. Sintomas neurológicos persistem em 67% dos doentes após tratamento

Lordelo

Avensat
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Há sintomas de Covid-19 que persistem depois da doença, sem qualquer explicação, revela um estudo liderado por um grupo de investigadores Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Annals of Clinical and Translational Neurology.

O estudo mostra que mais de metade dos pacientes que recuperaram da Covid-19 apresentam sintomas. sobretudo relacionados com a coordenação motora e função cognitiva, após seis meses de recuperação. Os cientistas avaliaram 56 pessoas com sintomas neurológicos que tiveram sintomas leves de doença. Os voluntários, recrutados entre outubro de 2020 e outubro de 2021, foram submetidos a um exame neurológico, avaliação cognitiva, responderam a questionários e realizaram uma ressonância magnética opcional.

Os primeiros testes foram feitos alguns meses após a infecção inicial e repetidas três e seis meses depois. Numa primeira fase, 89% dos participantes do estudo apresentaram fadiga e 80% relataram dores de cabeça. Outros sintomas neurológicos comuns incluíam falhas de memória, insônias e menor concentração. A maioria admitiu que estes sintomas afetaram a sua qualidade de vida.

Seis meses depois, quando os doentes regressaram para o acompanhamento, apenas um terço relatou que os sintomas haviam desaparecido. Os restantes queixaram-se de problemas neurológicos persistentes, embora com menor gravidade. Os sintomas mais comuns após seis meses da Covid-19 incluíam lapsos de memória e diminuição da concentração.

Segundo os autores do estudo, nenhum destes indivíduos tinha histórico de complicações neurológicas. Os cientistas acreditam que o mais provável é que estes sintomas sejam causados por uma resposta autoimune inflamatória.

A equipa de investigadores planeia continuar a monitorizar os sintomas dos participantes anualmente por até 10 anos.

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