A síndrome de asperger é considerada uma perturbação do espectro do autismo (PEA), de causa desconhecida, embora se pense que possa ter origem genética. "Em Portugal, estima-se que existam cerca de 40 mil portadores desta síndrome, que é mais comum nos rapazes do que nas raparigas (cerca de 10 para um)", aponta o portal de saúde CUF.
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"Não se conhece especificamente as causas da síndrome de asperger, admitindo-se a preponderância de fatores genéticos, já presentes à nascença, como acontece nas PEA em geral", diz, sublinhando que "os genes que têm vindo a ser identificados estão envolvidos no desenvolvimento cerebral, influenciando a transmissão de sinais entre os neurónios e a forma como a informação é processada".
Aos 18 meses, a criança já revela alguns sinais, como explica a pediatra Mafalda Brito, do Hospital Lusíadas Lisboa: não olha os outros nos olhos, não aponta, não revela qualquer intenção de comunicar, não tem jogo simbólico, ou seja não consegue 'brincar ao faz de conta' (quando agarra num carrinho faz rodar as rodas mas é incapaz de simular o movimento deste na estrada), mostra interesses obsessivos e comportamentos repetitivos, sem nenhuma intenção funcional ou comunicativa (corre à volta de uma sala, sem nenhum interesse pelo que está à volta, ou abana os braços continuamente, não para mostrar contentamento ou outro sentimento, mas sem qualquer intenção)".
Para ajudar uma criança com síndrome de asperger, a responsável deixa algumas recomendações: deve distrair sem proibir, respeitar, antecipar e explicar e compreender as limitações para poder trabalhá-las.
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