Entre os diários que cancelaram a tira cómica figuram igualmente The Boston Globe, o Los Angeles Times e os mais de 300 títulos que fazem parte do grupo Gannett, um dos maiores grupos de comunicação social norte-americanos, proprietário do popular USA Today.
A decisão destes jornais foi divulgada depois de Scott Adams ter afirmado, na quarta-feira, numa transmissão em direto na plataforma digital YouTube, que a comunidade negra dos Estados Unidos é "um grupo de ódio" e que os brancos deveriam "afastar-se dela".
Num comunicado, o grupo Gannett justificou a sua decisão de cancelar a tira cómica Dilbert com os "comentários discriminatórios" do seu autor e explicou que, embora respeite a liberdade de expressão, a opinião de Adams "não se alinha" com os valores do grupo editorial.
Por seu lado, The Washington Post indicou no sábado, através de um porta-voz, que tinha recebido chamadas dos leitores a pedir que rescindisse o contrato com Adams e, finalmente, hoje, a tira cómica foi eliminada da maioria das suas edições impressas.
Algumas edições mantinham hoje, contudo, o 'cartoon', porque a ordem não chegou a tempo, antes da impressão; mas na internet, foi totalmente eliminado.
Scott Adams, de 65 anos, criou em 1989 a tira cómica Dilbert -- que gira em torno de um engenheiro com poucas competências sociais, e do seu cão, Dogbert -, e o seu êxito fez com que se transformasse numa série de animação televisiva.
Através dos olhos de Dilbert, o 'cartoonista' satirizou, durante anos, diferentes situações do mundo laboral, desde a excessiva burocracia empresarial às difíceis relações com os chefes ou as ligações que se estabelecem entre colegas de trabalho.
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Num comunicado, o grupo Gannett justificou a sua decisão de cancelar a tira cómica Dilbert com os "comentários discriminatórios" do seu autor e explicou que, embora respeite a liberdade de expressão, a opinião de Adams "não se alinha" com os valores do grupo editorial.
Por seu lado, The Washington Post indicou no sábado, através de um porta-voz, que tinha recebido chamadas dos leitores a pedir que rescindisse o contrato com Adams e, finalmente, hoje, a tira cómica foi eliminada da maioria das suas edições impressas.
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