Lordelo
Avensat
As pessoas que vivem em zonas desfavorecidas saem-se pior em testes de memória e, por isso, estão em maior risco de desenvolver demência, em comparação com quem vive em bairros ricos, sugere um estudo divulgado na JAMA.
A investigação baseou-se nos dados médicos de 4656 australianos entre os 40 e 70 anos de várias partes do país entre 2016 e 2020. Até então, nenhum dos participantes tinham sido diagnosticados com demência.
Dados do estudo sugerem que "as pessoas que vivem em bairros mais desfavorecidos tendem a ter um risco superior de demência e diferenças subtis na memória, mesmo na meia-idade", dizem os investigadores, citados pelo Science Alert. Contudo, defendem que são precisos mais estudos que identifiquem os vários fatores que influenciam o desenvolvimento de demência.
Demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.
Recorde-se que a Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.
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