EUA apresentam provas sobre a utilização russa de 'drones' iranianos

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Durante um 'briefing' em Londres, analistas da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA exibiram fotos de 'drones' que atacaram a Ucrânia, ao lado de imagens destes anteriormente ligados ao Irão.


Uma comparação dos detalhes do design mostra que as armas usadas na Ucrânia são "indistinguíveis" dos 'drones' de ataque Shahed-131 e 136 e dos veículos aéreos não tripulados Mohajer 6 utilizados no Médio Oriente.

Este esforço de divulgação do "trabalho de casa" visa persuadir governos ou agências internacionais do envolvimento de Teerão na guerra da Rússia contra a Ucrânia, noticiou a agência Associated Press (AP).

O Irão referiu que forneceu um "pequeno número" de 'drones' à Rússia antes do conflito na Ucrânia, mas negou ter fornecido mais desde que as forças russas atacaram o país vizinho.

As evidências provam o contrário, destacou um responsável da Agência de Inteligência de Defesa, que falou sob a condição de anonimato.

"O Irão é um parceiro da Rússia no conflito", sublinhou o funcionário à AP.

As autoridades norte-americanas também sugerem que o Irão está a reunir informações valiosas ao implantar a sua tecnologia na Ucrânia, incluindo o desempenho dos 'drones' em diferentes condições climáticas, percebendo como estes podem ser usados em diferentes cenários e obtendo 'feedback' em contexto real, permitindo tornar as armas mais eficazes.

Como exemplo, depois de saber que os civis conseguiram fugir porque podiam ouvir os 'drones' a aproximarem-se, os projetistas de armas provavelmente tornarão os futuros modelos mais silenciosos, adiantou a mesma fonte à AP.

A guerra na Ucrânia também permite ao Irão mostrar as capacidades da sua tecnologia para outros potenciais compradores.

"O Irão vê isso como uma grande oportunidade de marketing", acrescentou o funcionário de Defesa.

Esta análise dos norte-americanos foi divulgada um dia depois do Reino Unido ter apresentado provas de que o Irão está fornecendo armas avançadas aos rebeldes Houthi no Iémen.

Londres apresentou 'drones' e mísseis apreendidos a navios no golfo de Omã às Nações Unidas como prova de que o Irão está a violar as resoluções do Conselho de Segurança que proíbem o envio de armas aos rebeldes houthis.

Para Tobias Borck, investigador de segurança do Médio Oriente no Royal United Services Institute, o momento desta divulgação sugere que as potências ocidentais estão a endurecer a sua posição em relação ao Irão.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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