EUA condenam ataque em Jerusalém que matou 2 pessoas, incluindo criança

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"O ataque deliberado contra civis inocentes é repugnante e chocante", destacou o chefe da diplomacia dos EUA em comunicado.


Blinken visitou Israel e a Cisjordânia no final de janeiro, onde pediu aos israelitas e palestinianos que adotassem medidas de "redução da escalada".

Um condutor atropelou esta sexta-feira várias pessoas numa paragem de autocarros no leste de Jerusalém, provocando dois mortos, incluindo uma criança de 6 anos, e cinco feridos antes de ser morto por um agente de segurança, anunciou a polícia israelita.

O ataque, descrito como "terrorista" pela polícia israelita, ocorreu em Ramot, bairro de assentamento judeu onde vivem muitos ultraortodoxos.

As tensões aumentaram na metade oriental de Jerusalém após um ataque a tiro realizado por palestinianos em 27 de janeiro, que matou sete pessoas, o atentado mais mortal em Jerusalém em mais de uma década.

A Jihad Islâmica, um grupo palestiniano armado, identificou o atacante como Hussein Khaled Qaraqa e considerou o ataque como "heroico" e uma "resposta natural e legítima aos crimes da ocupação israelita".

"Tais ataques e sua a glorificação alimentam um ciclo interminável de derramamento de sangue e devem ser condenados por todos", sustenou, por sua vez, Tor Wennesland, mediador da ONU para o Médio Oriente, através da rede social Twitter.

Israel reivindica a posse de toda a Jerusalém, incluindo os bairros capturados na Guerra dos Seis Dias (1967), como sua capital indivisa. Por sua vez, os palestinianos reivindicam Jerusalém Oriental, incluindo o Monte do Templo e a Cidade Velha, como a capital de um futuro Estado.

As hostilidades aumentaram no leste de Jerusalém e na Cisjordânia desde que Israel intensificou os ataques no território ocupado na primavera passada, após uma série de ataques palestinianos dentro do território israelita.

Quase 150 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental em 2022, tornando-se o ano mais mortal nesses territórios desde 2004, de acordo com o principal grupo de direitos humanos israelita B'Tselem.

No ano passado, 30 pessoas foram mortas em ataques palestinianos contra israelitas.

No ano em curso, 43 palestinianos já foram mortos, de acordo com um levantamento realizado pela agência de notícias Associated Press (AP).

O novo Governo israelita formado por partidos de direita e extrema-direita, liderado por Benjamin Netanyahu, acusou o Governo anterior de inação diante de uma vaga mortal de ataques palestinianos no ano passado, levantando questões sobre a sua postura em relação aos palestinianos neste momento de tensão elevada.

Figura da extrema-direita, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, esteve no local logo após o ataque, segundo os jornalistas da agência France-Presse (AFP), tendo sido recebido com críticas, por não cumprir a sua promessa de campanha de fornecer segurança.

Outros israelitas no local gritaram "pena de morte para terroristas", em referência a uma das promessas de Ben Gvir.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já reagiu, garantindo que "decidiu tomar medidas imediatas para fechar a casa do terrorista e destruí-la".

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