EUA. Congressistas Republicanos aprovam expulsão de Democrata de comissão

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Esta expulsão representou uma dramática escalada das tensões, depois de os Democratas, na última sessão legislativa em que detinham a maioria da câmara baixa do parlamento dos Estados Unidos, terem expulsado congressistas Republicanos de extrema-direita de várias comissões por causa de comentários violentos e incendiários.


O presidente daquele órgão legislativo, Kevin McCarthy, conseguiu reforçar o apoio do Partido Republicano para expulsar a muçulmana nascida na Somália da nova câmara baixa -- com maioria Republicana conquistada nas eleições intercalares de novembro passado -, apesar de alguns congressistas Republicanos terem expressado reservas.

A retirada de congressistas de comissões da Câmara de Representantes norte-americana não tinha praticamente precedentes até os Democratas expulsarem, há dois anos, os congressistas Republicanos de extrema-direita Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, e Paul Gosar, do Arizona.

A votação de 218 a favor da expulsão e 211 contra, na maioria seguindo as linhas partidárias, realizou-se após um acalorado debate em que os Democratas acusaram o Partido Republicano de tomar como alvo Ilhan Omar por causa da sua raça.

Omar defendeu-se perguntando se alguém estava surpreendido por ser ela o alvo da expulsão, "porque quando se ataca o poder, o poder ataca de volta", e os seus colegas de bancada apoiaram-na e abraçaram-na durante a votação.

"A minha voz tornar-se-á mais alta e mais forte, e a minha liderança será celebrada por todo o mundo", disse Omar, num discurso de encerramento da sessão.

Os Republicanos centraram-se em seis afirmações feitas por Ilhan Omar, considerando que, "na totalidade das circunstâncias, a desqualificam para servir na comissão de Negócios Estrangeiros", declarou o Republicano Michael Guest, eleito pelo Mississípi, depois de uma resolução no sentido de a expulsar proposta por Max Miller, um Republicano eleito pelo Ohio e ex-membro do Governo Trump, com o argumento de que "os comentários de Omar trouxeram desonra à Câmara dos Representantes".

O líder dos Democratas, Hakeem Jeffries, eleito por Nova Iorque, disse que Omar algumas vezes "cometeu erros" e usou expressões antissemitas, que foram condenadas pelos Democratas há quatro anos, mas acrescentou que não foi essa a razão desta votação que resultou na expulsão da congressista Democrata da comissão de Negócios Estrangeiros.

"Não foi uma questão de responsabilização, foi de vingança política", observou Jeffries.

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