EUA. Detido empresário chinês acusado de fraude de mil milhões de dólares

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Guo Wengui, de 54 anos, e o seu financeiro, Kin Ming Je, foram indiciados no tribunal federal de Manhattan por vários crimes, incluindo fraude bancária, fraude em transferências bancárias e em valores mobiliários.


Os procuradores dos EUA referiram que a acusação resultou de um esquema complexo no qual Guo mentiu para centenas de milhares de seguidores 'online' nos Estados Unidos e em todo o mundo, antes de se apropriar indevidamente de centenas de milhões de dólares.

Kin Ming Je, de 55 anos, não foi detido, enquanto Guo deveria ser presente esta quarta-feira em tribunal.

O principal procurador federal de Manhattan, o procurador dos EUA, Damian Williams, sublinhou, em comunicado, que Guo foi acusado de "encher os bolsos com o dinheiro que roubou, inclusive comprando para si mesmo e familiares uma mansão, um Ferrari de 3,5 milhões de dólares e até dois colchões de 36.000 dólares, financiando ainda um iate de luxo de 37 milhões de dólares.

Guo já foi considerado uma das pessoas mais ricas da China, país de onde saiu em 2014 durante uma repressão anticorrupção liderada pelo Presidente Xi Jinping que envolveu pessoas próximas a Guo, incluindo um alto funcionário de inteligência.

As autoridades chinesas acusaram Guo de violações, sequestro e suborno, entre outros crimes.

Desde então, tem sido muito procurado pelo Governo daquele país, contando com a proteção dos Estados Unidos.

A viver em Nova Iorque como fugitivo, Guo tornou-se um forte crítico do Partido Comunista chinês e desenvolveu um relacionamento próximo com Steve Bannon, o ex-estrategista político do ex-Presidente Donald Trump (2017-2021).

Guo e Bannon anunciaram em 2020 a fundação de uma iniciativa conjunta que, segundo estes, visava derrubar o Governo chinês.

O empresário chinês foi detido no seu amplo apartamento de luxo no Sherry-Netherland, um dos célebres aparthotéis de Manhattan com vista para o Central Park.

Horas depois, os bombeiros extinguiram um incêndio na cobertura no mesmo andar de Guo, mas não ficou imediatamente claro se o fogo esteve relacionado com a detenção.

De acordo com os documentos do tribunal, os procuradores pediram que Guo fosse detido sem fiança, devido ao risco deste fugir e "do perigo que ele representa para a comunidade".

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