EUA exigem libertação de 2 advogados de direitos humanos detidos na China

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O porta-voz do Departamento de Estado Vedant Patel disse em comunicado que o processo judicial contra os advogados de direitos humanos é uma demonstração dos "esforços crescentes da China para intimidar e silenciar a sociedade civil".


"Exortamos a China a libertar de imediato e sem condições estes dois defensores dos direitos humanos que foram detidos injustamente e que cesse qualquer tipo de perseguição aos seus familiares" declarou.

O porta-voz da diplomacia norte-americana aproveitou também para exigir a Pequim a liberdade de outros ativistas presos no país, que retire as inibições impostas a advogados e que permita que todos os cidadãos possam exercer os seus direitos fundamentais.

Ding e Xu faziam parte do movimento Novos Cidadãos, uma rede de ativistas fundada em 2012, em prol da transparência governamental e contra a corrupção no país asiático.

Xu foi condenado a 14 anos pelo Tribunal Popular do Condado de Linshu, na província de Shandong. Ding foi condenado a 12 anos pelo mesmo tribunal, informou o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

Segundo a organização Observatório dos Direitos Humanos, os julgamentos foram realizados à "porta fechada e repletos de problemas processuais e alegações de maus-tratos".

Os dois juristas participaram numa reunião na cidade de Xiamen, no sudeste do país, em dezembro de 2019, para discutir a situação da sociedade civil na China. Muitos dos participantes nessa reunião foram detidos ou investigados pelas autoridades, segundo a Amnistia Internacional.

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