EUA pedem à Rússia para cumprir regras do tratado nuclear Novo START

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"É lamentável que (a Rússia) esteja a vincular a implementação deste importante tratado estratégico de armas nucleares ao que está a acontecer na Ucrânia. Esperamos que eles o possam desvincular", disse a subsecretária de Controlo de Armas e Segurança Internacional dos EUA, Bonnie Denise Jenkins, durante uma visita a Bruxelas.


Jenkins - que se reuniu com responsáveis da União Europeia (UE) e da NATO, lamentou que não tenha havido "nenhuma conversa explícita" ultimamente sobre este tratado com as autoridades russas, embora tenha deixado "muito claro" que os Estados Unidos estão dispostos a encontrar-se com responsáveis russos logo que possível.

"O importante é que possamos voltar à aplicação deste tratado muito, muito importante", insistiu a subsecretária norte-americana.

No final de janeiro, os EUA denunciaram o incumprimento do pacto por parte de Moscovo, que acusam de ignorar os termos do tratado assinado em 2010 e prorrogado em 2021 por cinco anos, nomeadamente por não permitir que técnicos norte-americanos façam inspeções em território russo.

"Queremos ter a oportunidade de nos encontrarmos com os russos, porque a implementação do tratado Novo START é muito importante em termos de segurança nacional", sublinhou Jenkins, que atribuiu à guerra na Ucrânia as origens da falta de comunicação.

"É aí que realmente está a falha. Não se trata de problemas de vistos (para diplomatas russos). É sobre a invasão russa da Ucrânia. É o que deu origem a tantos problemas", explicou Jenkins.

Assinado em 2010 pelos então presidentes dos EUA e da Rússia, Barack Obama e Dmitri Medvedev, o Novo START limita a 1.550 o número de ogivas nucleares de longo alcance que cada país pode possuir.

O tratado também restringe o número de veículos de lançamento e de sistemas que Washington e Moscovo podem ter no ativo ou em reserva, mas a sua pedra angular é o regime de verificação que o tratado estabelece para garantir que esses limites sejam respeitados.

Neste campo, tanto os Estados Unidos como a Rússia podem realizar até 18 inspeções por ano dos arsenais nucleares um do outro, com pouco tempo para o país recetor se preparar: os técnicos avisam com 32 horas de antecedência e depois escolhem o local que desejam examinar.

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